Vida nova na capital do Brasil
Em Brasília, existem cerca de 40 refugiados reconhecidos pelo governo e, aproximadamente, 300 em processo de reconhecimento. Já no Brasil, o número de refugiados é de 4,6 mil.
Publicado 10/06/2013 09:22 | Editado 04/03/2020 16:39
São pessoas que tiveram que deixar para trás bens, empregos, familiares e amigos para garantir sua liberdade e segurança. Foram exatamente esses fatores que influenciaram o colombiano dolfo Botina Alvair, 29 anos, a vir para o Brasil há dois meses.
Segundo ele, as ameaças de morte o perseguiam em seu País. “Eu trabalhava na administração pública que era gerenciada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Por isso, passei a ser ameaçado de morte e era alvo de atentados terroristas”, contou. A decisão de se mudar para o Brasil foi impulsionada pelo desejo de ter uma vida segura. “Mas a adaptação não está fácil. Ainda não consegui trabalho e preciso pagar aluguel”, contou.
Morador da Ceilândia, Adolfo contou que para arcar com as despesas começou a dar aulas de espanhol. “Dessa forma, consigo me alimentar e pagar o aluguel. Mas preciso de um emprego fixo”, afirmou. Seu sonho é um dia voltar à Colômbia. “Mas por agora não tem possibilidade”, explicou.
Momento de confraternização
Mais de 40 refugiados participaram de almoço no restaurante cubano Laura, no Riacho Fundo. O encontro marcou o Dia Mundial do Refugiado, comemorado no dia 20 de junho. O evento foi uma iniciativa do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), em conjunto com o Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH).
No encontro, estavam pessoas da Colômbia, Paquistão e República Democrática do Congo. Todos refugiados.
O refugiado dispõe de proteção do governo brasileiro e pode, portanto, obter documentos, trabalhar, estudar e exercer os mesmos direitos civis que qualquer cidadão estrangeiro legalizado no Brasil.