Premiê turco reafirma acusações contra manifestantes reprimidos

O primeiro-ministro da Turquia Recep Tayyip Erdogan defendeu nesta terça-feira (11) a repressão policial violenta contra os manifestantes em várias cidades do país, e assegurou que se manterá firme em sua postura ante os protestos congregados na simbólica Praça Taksim, em Istambul. Após 12 dias de protestos, as autoridades confirmaram nesta terça que quatro pessoas morreram nas manifestações.

"Dirijo-me àqueles que querem continuar com esses acontecimentos, que querem seguir aterrorizando: este assunto já acabou. Não haverá mais tolerância”, afirmou Erdogan ante o parlamento turco.

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O premiê também assinalou que as recentes manifestações antigovernamentais em todo o país “deterioraram” a imagem da Turquia no mundo. Neste mesmo sentido, o governador de Istambul, Hüseyin Avni Mutlu, justificou a intervenção policial e assegurou que aqueles que ocupavam a praça Taksim, há mais de dez dia, manchavam a imagem do país.

Erdogan fez estas declarações enquanto no domingo (9) endureceu o tom contra os manifestantes, tachando os civis de “depredadores e vândalos”. A polícia turca entrou em confrontos na madrugada desta terça com protestantes na praça, lançou gás lacrimogênio e usou canhões de água para dispersá-los.

O premiê turco enfrentou uma condenação internacional pela sua política ante as manifestações antigovernamentais, enquanto várias organizações internacionais criticaram a polícia turca pela repressão violenta que exerce contra os manifestantes.

Istambul converteu-se em cenário de protestos antigovernamentais depois de um ataque da polícia, em 27 de maio, contra protestantes que se manifestavam pacificamente contra a destruição do Parque Gezi, na Praça Taskim.

Durante os protestos, que também se estenderam a outras cidades do país, entre elas Ancara (capital), Izmir, Mugla e Antalya, até o momento ao menos cinco pessoas perderam a vida, além de um grande número de pessoas detidas. Pelo menos 4 mil pessoas ficaram feridas nos confrontos, dezenas com gravidade. Assista o vídeo abaixo:

O clima tenso permanece nas principais cidades turcas, como a capital, Ancara, Istambul e Izmir e o primeiro-ministro chegou a responsabilizar a imprensa internacional e as redes sociais na internet por incitar os protestos que ocorrem no país desde o último dia 31.

"Os meios de comunicação internacionais desinformam de maneira sistemática e, com as instituições de imprensa mal-intencionadas os protestos têm aumentado", disse o primeiro-ministro, que é alvo dos protestos.

Com agências,
da redação do Vermelho