Relatório enumera civis e crianças palestinas detidas por Israel

De acordo com relatório mensal do Centro de Estudos dos Prisioneiros Palestinos sobre as prisões israelenses e condições de detenção do sistema carcerário do regime de ocupação, durante o mês de maio foram realizadas mais de 280 ordens de invasão nas cidades, aldeias, bairros e campos de refugiados na Cisjordânia, em Jerusalém e na Faixa de Gaza.

Prisão de crianças - Palestine Chronicle

Segundo o relatório, as forças israelenses detiveram arbitrária e ilegalmente mais de 370 palestinos. Alguns deles ainda estão na prisão e outros foram soltos, depois de serem interrogados por horas, ou até dias. A cidade de Jerusalém teve o maior número de cidadãos detidos: 105 palestinos.

Entre os detidos estavam 85 crianças, nove mulheres, mais de 30 prisioneiros libertados recentemente de prisões israelenses, líderes da Ação Nacional, jornalistas e ativistas. Na Faixa de Gaza, as autoridades da ocupação prendeu seis palestinos, incluindo uma criança, e confiscou um barco de pesca, na costa da cidade de Beit Lahiya, perto da fronteira oriental.

Dois jornalistas foram detidos, Mohammed al-Atrash, um apresentador da Rádio Hebron, e Uday Aharibat, detido após invadirem sua casa na aldeia de al Tabaka, em Dura, ao sul de Hebron. Além dos dois jornalistas, as forças de ocupação prenderam o Sheikh Mohammad Hussein, o grande mufti de Jerusalém, que foi libertado após várias horas de investigação.

Prisão e sequestro de mulheres e crianças

Diretor do Centro de Mídia, o pesquisador Riad al-Ashqar revelou em um relatório que as forças da ocupação israelense continuaram tendo como alvo todos os segmentos do povo palestino no último mês.

Sequestraram, ao todo, mais de 85 menores, incluindo crianças abaixo dos dez anos de idade, como Khaled Dweik, de nove anos, e Amr Dweik, de sete anos, da cidade de Jerusalém.

Em outra ocorrência, sequestraram, de uma só vez, 45 crianças, detidas perto de uma escola, em Hebron. Elas foram interrogadas por várias horas e a maioria foi liberada. Do grupo, 11 foram presas.

No mês de maio nove mulheres foram presas, das cidades de Hebron, Nablus, Tubas, Tulkarem, Abu Dis e Jerusalém. Entre elas, estudantes, e uma foi detida durante uma visita ao seu irmão prisioneiro.

A Unicef, uma agência da ONU, tem denunciado a ilegalidade e os efeitos devastadores da prisão de crianças na Palestina, realizada de forma sistemática pelas forças do governo israelense, que também perpetua a situação de ocupação militar nos territórios palestinos.

Nesta terça (11), o Comitê para os Direitos das Crianças da agência da ONU publicou um relatório sobre as condições das detenções de crianças em Israel, depois da revisão periódica realizada de acordo com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças, em que foi notada a adoção, por Israel, da Convenção sobre Aspectos Civis relacionados à Abdução de Crianças, de 1980.

Com Comitê Brasileiro de Solidariedade Pela Libertação dos Prisioneiros Políticos Palestinos,
da redação do Vermelho