Motivo de Orgulho

 
Nós, brasileiros, estamos inaugurando a etapa propriamente esportiva dos três megaeventos programados para o país até 2016, iniciando a Copa das Confederações da Fifa hoje com a auspiciosa utilização de seis estádios que se destacam entre os mais modernos e confortáveis do mundo. Apesar das adversidades inerentes a um programa de tanta magnitude, podemos dizer que superamos os desafios.

Os problemas foram muitos e muitos permanecem. Registraram-se atrasos e imperfeições nos cronogramas de obras que, se foram apressadas por causa dos eventos, já estavam programadas para servir à população. O legado está de pé. Agora, além de outros equipamentos urbanos, temos arenas multiuso à altura do povo que elevou o futebol à categoria de arte e fez desse esporte uma paixão e um elemento da identidade nacional – alguns deles se distinguindo como autossustentáveis, captando energia do sol e água da chuva.

As vozes das ruas dizem que o brasileiro está feliz com a Copa e se prepara para “fazer bonito”. Contudo, o entusiasmo popular não inibe um certo pessimismo impenitente em certos círculos. Os problemas são mais destacados que as soluções. Consideramos que a crítica, sobretudo a da oposição, é inerente à democracia e, por mais dolorosa, terá utilidade e acolhimento, se for de boa-fé.

A crítica difusa pode ter a função do espelho, refletindo a realidade, porém existem aqueles espelhos de parque de diversão que deformam a imagem original. Daí que nem toda crítica se faz em defesa do interesse público, mas de particularismos até político-partidários que se restringem, como já diz o nome, a uma visão parcial do todo. Mas é a completude do legado das Copas das Confederações, em curso, e do Mundo, em 2014, além da Olimpíada, em 2016, oara usufruto do povo brasileiro, que nos enche de orgulho aos olhos do mundo.

*É Ministro do Esporte e deputado federal licenciado pelo PCdoB-SP

Fonte: Diário de S. Paulo