Publicado 07/07/2013 10:56 | Editado 04/03/2020 17:16
Se a Copa das Confederações é o teste decisivo para a Copa do Mundo, o Brasil foi aprovado ao organizar o torneio em seis cidades onde a logística geral funcionou a contento. Em sua avaliação, a Fifa considerou que foi a melhor já realizada. Além da taça no campo, ganhamos projeção internacional como nação democrática, capaz de superar obstáculos e merecedora do legado extraordinário que os grandes eventos esportivos vão deixar para a população.
Levar a cabo uma operação dessa magnitude era um desafio a ser enfrentado com determinação e responsabilidade. Seis estádios tiveram de ser construídos ou amplamente reformados, numerosas obras de mobilidade urbana saíram do papel, inovações nas áreas de telecomunicações e segurança foram materializadas em tempo recorde. E tudo feito driblando um pessimismo impenitente que contagiou pessoas de boa-fé, mas foi sobretudo incentivado por facções político-partidárias que torciam por um fracasso geral a ser debitado na conta do governo.
Como previsto, a empreitada revelou nossas virtudes, mas também expôs as insuficiências. Nem tudo saiu perfeito, houve erros e atrasados, mas o caráter de teste de torneio serviu exatamente para aflorar problemas e apontar soluções. Até 2014, há muito o que fazer, mas a marcha das obras e providências indica que o Brasil tem condições de realizar uma Copa do Mundo impecável e neste conceito completar em bom êxito o ciclo esportivo com a Olimpíada de 2016.
Como o fecho de ouro, a seleção conquistou sua vitória mais importante desde que, em 30 de julho de 2002, derrotou a Alemanha por 2 a 0 no estádio de Yokohama, no Japão, e ganhou o penta. Ao vencer todos os jogos, inclusive a Espanha e sua aura de melhor time da atualidade, reconquistou uma torcida até então desconfiada, que se reapossou dos símbolos nacionais com patriotismo vibrante.
*É Ministro do Esporte e deputado federal licenciado pelo PCdoB-SP
Fonte: Diário de S. Paulo