Manifestantes voltam às ruas de São Paulo

Milhares de pessoas voltaram nesta terça-feira (18) às ruas de São Paulo para protestar contra o aumento da tarifa do transporte e reivindicar melhorias nos serviços públicos. Os manifestantes se concentraram na Praça da Sé, em frente à catedral de São Paulo, e algumas das vias adjacentes. No início da noite, os manifestantes se dividiram em grupos, um deles ficou em frente a Prefeitura e o outro seguiu em direção a Marginal Tietê.

No fim da tarde, cerca de 15 mil pessoas se reuniram em frente à Catedral da Sé, no centro da capital paulista, no sexto protesto contra o reajuste da tarifa do transporte público em São Paulo. A estimativa é do comando da Polícia Militar que está no local.

Os integrantes do protesto avançaram até a Prefeitura, próxima à Sé, que estava protegida pela Guarda Municipal para evitar a entrada dos manifestantes. Pelo menos, dois grupos saíram em caminhada para destinos diferentes. Um ficou parado em frente à prefeitura e um outro estaria em direção à Marginal Tietê. Antes de chegar à sede do governo municipal, o grupo parou em frente à Secretaria de Segurança Pública e gritou diversas vezes “sem violência”.

Os manifestantes começaram a chegar à catedral por volta das 16h. Durante a espera cantaram palavras de ordem e empunharam bandeiras e faixas com reivindicações diversas. “SOS Saúde”, “Todos contra a corrupção” e “Filhos da Revolução” são alguns dos dizerem dos cartazes trazidos pelos manifestantes. O local escolhido para a manifestação desta tarde é simbólico na capital nas lutas sociais. Foi na Praça da Sé, onde em 1984 cerca de 1 milhão de pessoas se reuniram para pedir "Diretas Já!".

De lá, os manifestantes seguiram para a sede do governo municipal. No momento que se dividiam para a saída, rumo à Marginal Tietê, um grupo reduzido, de cerca de 100 pessoas, tentou invadir a sede da prefeitura. Houve confronto e guardas municipais reagiram com spray pimenta. Alguns manifestantes conseguiram romper o cordão de isolamento do prédio e depredaram a fachada da sede do governo. Grades, que cercavam o local, foram atiradas contra o prédio e holofotes foram destruídos. Os próprios manifestantes tentaram conter a ação do grupo mais violento. Alguns recolocaram as grades de proteção em frente à prefeitura. Os guardas municipais se recolheram.

O protesto contra o aumento do transporte público em São Paulo, que estava concentrada em frente à prefeitura, dividiu-se e parte dos manifestantes deixou o local, dirigindo-se à Avenida Paulista, onde já ocupa todas as faixas da via. Há muitos manifestantes também na Praça da Sé. Outras várias milhares de pessoas seguiram para a Avenida Paulista. Organizadores contam que às 21h já são 50 mil manifestantes.

A Rodovia Raposo Tavares, que liga a cidade de São Paulo ao interior do estado, também foi bloqueada.

Da redação, com agências

Atualizada às 21h30.