Telas de proteção são trocadas nas praias da Palmas

 

 No Tocantins, a temporada de praias já começou.  Em Palmas, na Capital do Estado, as praias artificiais da Graciosa, do Prata e das Arnos receberam novas telas de proteção contra ataque de piranhas e, na praia do Caju, a tela foi instalada pela primeira vez. As praias são formadas pelo lago da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, que abrange os municípios de Miracema do Tocantins, Lajeado, Palmas, Porto Nacional, Brejinho de Nazaré e Ipueiras.

Pontos turísticos da capital, as praias atraem banhistas que querem se refrescar do calor de mais de 40°C, que faz nesse período do ano. No entanto, os momentos de lazer e diversão nem sempre são tão agradáveis, casos de ataques de piranhas, dentro da água, são frequentes, o que assustam turistas e moradores da cidade. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, no ano de 2012, foram registradas 219 ocorrências de ataques de piranhas.

Durante temporada de praia, Palmas recebe turistas de todo o Brasil (Foto: Antônio Gonçalves/Prefeitura de Palmas)Durante temporada de praia, Palmas recebe

turistas de todo o Brasil

(Foto: Antônio Gonçalves/Prefeitura

de Palmas)

Mesmo com as telas de proteção, instaladas desde 2007 pela Prefeitura de Palmas, ainda há casos de pessoas que são atacadas pelas piranhas, como é o caso da cabo do Corpo de Bombeiros Yorrany Viana Jorge, 26 anos, que foi mordida por uma piranha na praia da Graciosa, quando fazia aulas de educação física. "Foi quando eu estava saindo da água, já estava no raso", lembra, acrescentando,"doí, arde e sangra muito. É como se estivesse enfiando uma agulha", ressalta.

Troca de telas

As telas foram substituídas em uma parceria entre a Prefeitura de Palmas, Marinha, Exército e Corpo de Bombeiros. "As telas estavam com prazo de validade vencido há cinco anos. Havia vários furos, por isso existiam ataques”, diz o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Palmas, Marcílio Ávila, afirmando que neste ano não haverá casos de ataques. “Isso (as telas) é mais do que suficiente, só se o banhista ultrapassar a tela para ser mordido", observa.

Elas foram afixadas em uma profundidade de cinco metros, com estacas na cor amarela para melhor visualização da área delimitada para banho. “Os espaços são menores, não existe como ter ataques”, reafirma o secretário.

O coordenador do Programa de Pós-graduação em Ecologia de Ecótonos da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Carlos Sérgio Agostinho, diz que a tela é uma alternativa para a diminuição dos ataques das piranhas. “Toda ação de manejo adotada, como tela, retirada de macrófita [plantas aquáticas], pesca seletiva, entre outros, deve ser monitorada para que se possa aprender com a ação. Mesmo o fracasso, quando monitorado, é fonte de conhecimento para que a ação seja modificada”, explica.

Fonte: G1 Tocantins