Oito membros do conselho executivo do Egito renunciam

Um grupo de oito membros independentes da Chura, o conselho consultivo egípcio com funções legislativas, renunciou nesta segunda-feira (1º/7), em solidariedade com as forças de oposição, que exigem a demissão do atual presidente do país, Mohamed Mursi.

O órgão, dominado por legisladores islamistas, é objeto frequente de críticas pelo seu papel na redação e aprovação da Constituição, votada em dezembro passado e por capítulos da lei eleitoral, repudiados em várias ocasiões pela Suprema Corte Constitucional.

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As demissões serão examinadas na terça-feira (2) em uma reunião da junta diretiva, assinalou o presidente da Chura, Ahmed Fahmy.

O anúncio das renúncias acontece depois da demissão de quatro ministros do governo e horas depous do ultimato apresentado nesta segunda pelas Forças Armadas ao presidente da República e seus opositores, para que cheguem a um consenso no prazo de 48 horas.

Caso não seja cumprido o prazo, as Forças Armadas, "em cumprimento de seu dever nacional com o povo egípcio", intervirá e apresentará um novo caminho para o futuro político imediato do país, segundo um lacônico comunicado feito pelos militares divulgado pela televisão estatal do país.

Desse "caminho", todas as partes terão participação, em especial a juventude, sublinha a nota do comando militar.

A renúncia dos membros da Chura aumento o isolamento dos partidos islamistas, em particular a Irmandade Muçulmana, cujo braço político, o Partido Liberdade e Justiça, conduziu a candidatura de Mursi à presidência no ano de 2012.

Fonte: Prensa Latina