Snowden pede asilo; Rússia diz que não o entregará aos EUA 

O presidente da Rússia Vladimir Putin afirmou, nesta segunda-feira (1º/7), que seu país não entregará Edward Snowden, ex-funcionário da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), às autoridades norte-americanas.  

"A Rússia nunca entregou ninguém e não pensa em fazê-lo”, sublinhou Putin em uma coletiva de imprensa. 

O mandatário russo, igualmente, desmentiu que os serviços secretos russos tenham trabalhado com Snowden, que é reclamado por Washington depois de revelar documentos sobre os atos de espionagem dos serviços de inteligência estadunidenses e se encontra desde 23 de junho último na zona de trânsito do aeroporto de Sheremétyevo em Moscou, capital da Rússia.

"Insisto: ele não é nosso agente, não colabora conosco e agora tampouco estamos trabalhando com ele, enfatizou Putin no Kremlin, sede presidencial russa, ao término da cúpula do Foro dos Países Exportadores de Gás.

Putin assinalou que Snowden pode permanecer na Rússia sob uma condição: deve deixar de fazer seu trabalho, que se encaminha a fazer dano a nossos sócios estadunidenses, por estranho que possa parecer que essas palavras saiam da minha boca".

Por outro lado, o cônsul russo no aeroporto Sheremétyevo, Kim Shevchenko, anunciou que Snowden através de sua advogada britânica, Sarah Harrison, solicitou asilo político na Rússia.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, informou sobre a realização de conversações de alto nível entre os organismos de segurança dos Estados Unidos e da Rússia para encontrar uma saída para o caso Snowden.

Em 6 de junho último, Snowden difundiu uma série de arquivos que revelaram um programa eletrônico de espionagem da Casa Blanca, conhecido como PRISM, que permite à CIA acessar conversações privadas mantidas no Facebook, Google, Skype outros serviços online.

Hispan TV