Presidentes da Palestina e do Líbano discutem conflitos regionais

Suleiman, ao indicar que o número de refugiados palestinos no Líbano aumentou no marco da crise síria (onde também há milhares de refugiados palestinos), anunciou que este fato faz com que os palestinos em território libanês tenham em conta que não devem intervir na crise e assuntos internos do Líbano.

Abbas instou os refugiados palestinos no Líbano e na Síria a manter-se em uma posição neutral com relação aos conflitos dos dois países.

“Não queremos interferir em seus assuntos internos. Isso também é uma recomendação aos refugiados. Esperamos que o nosso povo, na Síria e no Líbano, mantenha-se distante das repercussões de qualquer conflito que possa eclodir aqui ou lá”, disse Abbas.

O presidente palestino também pediu aos refugiados que se dissociem dos distúrbios em ambos os países e que acatem a decisão do gabinete libanês com relação à possessão de armas nos campos de refugiados.

“Quando se trata de armas dentro dos campos, a decisão é do presidente libanês e do governo. Nós, como convidados neste país, cumprimos com as suas decisões, já que estamos atentos à segurança e à unidade do Líbano”, agregou Abbas, em uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo libanês.

No final de junho, o líder do partido islâmico Hamas (da Faixa de Gaza) Khaled Meshaal também afirmou estar dedicado a manter os refugiados palestinos fora dos confrontos armados no Líbano.

O campo de refugiados de Ein el-Jilue, situado nas imediações de Sidon, é o maior refúgio palestino no Líbano, onde estão mais de 45 mil pessoas.

Os militantes da chamada Brigada de Resistência Livre, do xeique salafista libanês Ahmed Al-Asir, entraram em confrontos com o Exército do Líbano, principalmente na região de Sidon, litoral sul do Líbano. Al-Asair afirmou recentemente ter enviado combatentes para lutar “a jihad contra o governo da Síria”.

Com agências,
Da redação do Vermelho