Bolívia levará ao Mercosul incidente com Morales na Europa 

"A Bolívia debaterá na próxima cúpula do Mercosul (Mercado Comum do Sul) o tema da agressão ao presidente Evo Morales na Europa para traçar uma posição regional", informou nesta segunda-feira (8) o chanceler boliviano David Choquehuanca.

Evo Morales

“Será considerado [o incidente aéreo]. Este tema está na agenda, será debatido no Mercosul no dia 12 de julho em Montevidéu, no Uruguai”, assegurou para a rádio boliviana Patria Nueva

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De acordo com o ministro de Relações Exteriores, a discussão do assunto também foi promovida por outros governantes latino-americanos membros da União das Nações Sul-americanas (Unasul) que na semana anterior reuniu-se na cidade de Cochabamba para um ato de constrangimento ao chefe de Estado boliviano.

Na reunião os mandatários Nicolás Maduro (Venezuela), Rafael Correa (Equador), Desiré Bouterse (Suriname), José Mujica (Uruguai), Cristina Fernández (Argentina), e Morales, como anfitrião exigiram aos países europeus esclarecerem o incidente e pedir desculpas.

França, Espanha, Itália e Portugal cancelaram as permissões de voo do avião de Morales, com a infundada suspeita de que transportava o ex-agente da CIA, Edward Snowden, perseguido por Washington por revelar um programa secreto de escutas telefônicas.

O Mercosul rechaçou na semana passada o ocorrido a Morales na Europa e o qualificou de ofensa para a região. A Bolívia está num processo de adesão a este mecanismo de integração, criado em 1991 e que tem como objetivos a livre circulação de bens, pessoas e serviços, o estabelecimento de uma tarefa externa comum e a adoção de uma política comercial conjunta entre outros.

Fonte: Prensa Latina