Egito: Ex-dirigente da Liga Árabe pede para evitar guerra civil
Por meio de um comunicado lançado nesta segunda-feira (8), o presidente do Partido da Conferência Egípcia e ex-secretário geral da Liga Árabe, Amr Musa, insistiu na necessidade de formar um governo de transição no país.
Publicado 09/07/2013 05:09
Musa reiterou a necessidade de realizar uma reunião entre o presidente interino do Egito, Adli Mansur e os grupos políticos do país “para investigar os incidentes da manhã de segunda-feira no Cairo, capital egípcia, e acelerar a formação de um governo de transição”.
O político egípcio pediu ainda que o governo de transição seja um governo técnico, imparcial e independente dos partidos para poder acabar com o crescente despotismo no país.
Musa qualificou de “tumulto” o choque entre os partidários da Irmandade Muçulmana com os guardas de segurança que se encontravam em frente ao palácio presidencial e exigiu que cessem tais ações. “Atacar as forças armadas e suas bases no Cairo com a finalidade de manchar sua reputação é deplorável, afirmou.
O político pediu uma urgente investigação “a fim de informar ao povo do Egito sobre a verdade dos incidentes” por parte das forças armadas.
Ao final de sua intervenção, Musa recordou a necessidade que o Egito tem de estabilidade e deixou claro que “o país não aguentará o caos”, enquanto considerou inaceitáveis as provocações que acabam em derramamento de sangue do povo, insistindo um vez mais na urgência de tomar medidas para prevenir uma guerra civil.
Nos choques, que tiveram lugar na segunda-feira (8) no Cairo, entre os partidários do presidente deposto, Mohamad Mursi, e membros das forças de segurança, mais de 51 pessoas morreram e outras 435 ficaram feridas.
Hispan TV