Nicarágua faz acordos comerciais com países da Aladi 

A Nicarágua concretizou importantes acordos com a Associação Latino-americana de Integração (Aladi), em virtude dos quais poderá expandir seu comércio para os países membros, segundo foi divulgado nesta terça-feira (16).

O acordo estabelece que os produtos nicaraguenses poderão entrar sem impostos em países como Argentina, Brasil, Cuba, Panamá, Uruguai, Venezuela e, desde março deste ano, à Bolívia, segundo o titular do Ministério de Fomento, Indústria e Comércio (Mific), Orlando Solórzano.

O minitro explicou que os produtos exportáveis beneficiados pelo acordo são café, carne, mariscos, produtos lácteos, flores, hortaliças, frutas, canela, milho, arroz, farinha, amendoim, cana de açúcar, azeite, cacau, cerâmicas e outros.

O ministro destacou que no contexto da Aladi também foi assinado acordo de Complementação Econômica entre a Bolívia, Cuba, Venezuela e Nicarágua, destinado a estabelecer as bases para o Espaço Econômico da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (EcoAlba-TCP).

Desde 18 de abril de 2013, a Assembleia Nacional nicaraguense aprovou – com 65 votos a favor, 24 contra e uma abstenção – a inclusão deste país na Aladi, cuja criação foi oficializada pelos presidentes do bloco em fevereiro de 2012 durante uma reunião de cúpula em Caracas, Venezuela.

O Eco Alba-TCP pretende se constituir como uma zona de desenvolvimento compartilhado, interdependente, soberano e solidário, para consolidar e ampliar um novo modelo de relações econômicas na América Latina, diferente da lógica dos Tratados de Livre Comércio, explicou o deputado sandinista Wálmaro Gutiérrez.

Trata-se de estabelecer "regras do jogo para intercâmbio comercial, cooperação e transferência tecnológica muito positivas para economias emergentes como a nicaraguense", afirmou.

"Com os passos na Assembleia Nacional, estamos dando uma resposta concreta a alguns setores privados que exigiam um instrumento jurídico que garantisse segurança legal para o intercâmbio entre os integrantes da Alba-TCP", considerou Gutiérrez. O deputado explicou que com isso legitimaram como política de Estado o intercâmbio justo e equitativo mediante um acordo marco, a partir do qual podem ser desenvolvidos futuros convênios bilaterais ou multilaterais.

Entre as vantagens deste acordo, destacou a possibilidade de receber financiamento do Banco da Alba, de captar investimentos sob o princípio das empresas grão-nacionais fomentadas pelo bloco, e dinamizar o comércio mediante o Sistema Unitário de Compensação Regional de Pagamento (Sucre).

A Alba-TCP está composta por Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Man-comunidade de Dominica, Antiga e Barbuda, Equador, São Vicente e Granadinas.

Fonte: Prensa Latina