China realiza reformas para crescimento econômico e empregos

O ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, falou na reunião do Grupo 20, neste sábado (20), na Rússia, sobre as políticas econômicas da China. Segundo ele, o governo chinês não vai tomar medidas políticas de grande escala para estimular a economia, mas vai realizar reformas para promover o crescimento econômico e gerar emprego.

O ministro das Finanças da China, Lou Jiwei - Eurobiz

Na ocasião, Lou Jiwei apontou que a China conseguiu um crescimento de 7,6% na primeira metade de 2013 e criou mais 7,32 milhões de empregos. Mesmo que a velocidade do crescimento tenha reduzido um pouco, a situação em relação ao emprego é otimista.

Lou indicou que o governo chinês não aplicará políticas de estímulo econômico como fez em 2008. Segundo ele, a atenção do governo está centrada nas reformas para melhorar a estrutura da indústria, promover a urbanização e deixar o mercado mais livre para desempenhar um papel mais positivo.

Alguns setores da economia estão em dúvida sobre a política fiscal a ser aplicada pelo governo, principalmente em relação a políticas de estímulo fiscal de grande escala e redução de impostos. Sobre o assunto, o vice-diretor do gabinete de pesquisa do Centro de Intercâmbios Econômicos Internacionais da China, Wang Jun, disse que:

"Mesmo que não o governo não tome medidas políticas de grande escala, a direção do governo chinês está clara. A política fiscal atual é expansionista e ativa. As medidas concretizadas, incluindo a redução de impostos, visam estabilizar o crescimento e reajustar a estrutura."

Recentemente, numa reunião durante a 5ª rodada do Diálogo Estratégico e Econômico China-EUA, o ministro das Finanças da China, Lou Jiwei Já tinha abordado o tema. No último sábado, na cerimônia de encerramento da reunião dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, ele reiterou a determinação chinesa de estabelecer reformas para assegurar o crescimento econômico e promover o emprego.

O investigador do Instituto das Relações Contemporâneas Internacionais, Wei Liang, acredita que a declaração do ministro Lou Jiwei indica que os governos da China e dos EUA chegaram a um consenso e que a declaração feita na reunião do G20 pode ajudar a China a ampliar espaços no mercado internacional.

"Explicar a situação econômica numa plataforma como o G20, incluindo algumas medidas para o futuro, é significante para a China. Vai ajudar a obter mais espaço econômico no mundo."

O crescimento da China desacelerou, mas Wei acha que etapa atual e a estrutura industrial da China vão ajudar o país a manter um desenvolvimento estável e rápido. Segundo ele, as políticas de grande escala de estímulo não são adequadas para todas as situações.

"Em geral, nosso país está num período de crescimento. Quando se considera ajustes de estrutura, a direção e escala da reforma devem ser consideradas. A realidade do desenvolvimento atual e futuro são indispensáveis para se tomar uma decisão. O estímulo econômico a partir de incentivos fiscais não é bom para todas as etapas do processo de desenvolvimento."

Fonte: Rádio China Internacional