Armas químicas: Peritos viajarão à Síria a pedido do governo

Dois peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) viajarão até sábado (27) para Damasco, capital da Síria, para negociar com as autoridades sírias os termos e as condições de uma missão para investigar o uso de armas químicas no país. O envio de uma equipe foi pedido pelo próprio governo da Síria diversas vezes.

Armas químicas mentira - Rojhat Azad / Infowars

A alta representante da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desarmamento, Angela Kane, e o cientista sueco Ake Sellstroem foram os escolhidos para negociar sobre a investigação da suspeita de uso de armas químicas pelos rebeldes e pelo governo, que já negou a prática veementemente.

A crise na Síria dura 28 meses e matou mais de 90 mil pessoas, segundo organizações não governamentais. O governo do presidente Bashar Al Assad defende que os peritos visitem a região de Khan Al Assal, perto de Alepo, que é a segunda maior cidade da Síria e é onde suspeita-se que os rebeldes tenham usado as armas.

O governo Assad evita negociar outras regiões para a vistoria dos peritos, como Saraqeb (no Noroeste da Síria) e Daraya, que fica perto de Damasco. Investigações preliminares alegam que o uso de armas químicas ocorre de ambos os lados, do governo e da oposição, e a missão de averiguação deve apurar os fatos.

Os peritos do governo negam que dispositivos encontrados nas investigações superficiais sejam de fato recipientes que continham armas químicas, mas ainda assim as acusações sem evidências suficientes (como assumido pela própria ONU) foram reafirmadas pelos EUA e por países europeus para justificar a ingerência através do envio de armas e financiamento aos grupos rebeldes que lutam contra o governo.

Com informações da Agência Brasil,
Da redação do Vermelho