Correa pede à Alba "decisões transcendentais" para mudança de era

O presidente equatoriano Rafael Correa pediu nesta terça-feira (30) à 12ª Cúpula da Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América (Alba), realizada em Guaiaquil, que adote decisões realmente transcendentais para uma nova era para a América Latina.

Ao abrir a reunião de governantes da Venezuela, Bolívia, Cuba, Nicarágua, República Dominicana, Antigua e Barbuda e São Vicente e Granadidas, com outros países da região como convidados, Correa pediu que esta cúpula seja mais um passo rumo à "Pátria Grande" sonhada pelos libertadores da América.

Neste verdadeiro nascimento democrático, humanista e pacífico, disse, saudamos, querido José Ramón (referindo-se ao vice-presidente cubano Machado Ventura), a esse 60º aniversário do assalto ao Quartel de Moncada em Cuba, que incendiou de sonhos esta nossa América.

Saudamos a Fidel e Raúl Castro, a Che Guevara, que desde a Sierra Maestra, La Higuera, ou qualquer parte do mundo nos dizem que a Revolução é um ato de amor, sublinhou Correa.

Levantamos a memória insurgente de Eloy Alfaro e de José Martí, como uma bandeira revolucionária, agregou.

"Abraçamos o espírito libertário de Hugo Chávez", disse, em meio a grande ovação, lembrando que o venezuelano está mais vivo que nunca, "cantando como sempre, por todos e cada um de nós, junto aos pobres, negros, morenas, caiçaras, caipiras, operários, camponêses, artesãos, todo o povo em sua multicolorida diversidade".

Por que nunca Nossa América se desenvolveu? por que essas grandes contradições entre extremamente ricos e extremamente pobres, em uma região que tinha tudo para ser a mais próspera do planeta? por que com tantos recursos não chegamos ainda ao bem-estar? perguntou Correa.

A resposta, continuou, é porque sempre fomos dominados por uns poucos, porque fomos submetidos por elites excludentes. Esse é o primeiro e fundamental passo no rumo da mudança que Nossa América está dando, enfatizou.

Em nossos países o capital financeiro já não manda mais, nem a burocracia internacional, afirmou. Nos países da Alba mandam nossos povos, e isso é o que as elites que perderam o poder não nos perdoam.

Esses poderes estão debilitados, disse, mas advertiu que ainda existem perigos externos e internos e "devemos estar muito atentos para enfrentá-los adequadamente".

"Claro que há imperialismo", destacou, mas ele se expressa com o império do capital, com a finalidade realizada do mercado, do salve-se quem puder, com o poder midiático vinculado a esse império", asseverando que a Alba é anti-imperialista e enfrenta uma ordem mundial injusta e imoral.

Fonte: Prensa Latina