Centrais Sindicais e Mov. Sociais realizarão grande ato na FIRJAN
Na próxima terça-feira, 6 de agosto, acontecerá mais um grande ato unificado das centrais sindicais e dos movimentos sociais em todo Brasil. No Rio de Janeiro não será diferente, as 7 centrais do estado realizarão um grande ato em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).
Publicado 02/08/2013 18:14 | Editado 04/03/2020 17:03

O ato unificado tem como eixo central a luta pela derrubada do Projeto de Lei 4330/2004, que amplia a terceirização e contribui drasticamente para a precarização do trabalho e para o enfraquecimento do movimento sindical, pois divide os trabalhadores em diversas categorias e debilita bastante a unidade e a força trabalhista. Esse ato dos trabalhadores unificados será realizado em todo país com ocupações das portas das entidades patronais. No Rio de Janeiro a atividade está marcada para as 15h, e será na porta da FIRJAN, localizada na Rua Graça Aranha,1; no Centro da capital fluminense.
Os outros pontos centrais dessa luta das centrais sindicais e dos movimentos sociais unificados no Rio de Janeiro são: “A prioridade para o transporte de massas”, que defende a cassação das concessionárias Barcas S/A, Metrô S/A e SuperVia, o combate á máfia dos ônibus e a redução significativa das tarifas do transporte público no estado; “Anulação da privatização do Maracanã”, que propõe o retorno da administração do estádio ao poder estadual, prevendo também a preservação do estádio de atletismo Célio de Barros e do parque aquático Júlio Delamare; “Não à privatização da CEDAE”, pedindo o fim do desmonte da companhia e mais investimentos para a universalização do saneamento básico em todas as regiões do estado; “Contra a criminalização dos Movimentos Sociais e da pobreza”; exigindo o fim da violência policial, o respeito da Polícia Militar ao direito à livre manifestação do povo e da diversidade, o fim das ações violentas praticadas pelos policiais das UPPs nas comunidades, e a desmilitarização da PM; “Fim da privatização da saúde”, que está sendo imposta pelos contratos com as Organizações Sociais (OS) e cooperativas, também está sendo pleiteada a valorização salarial dos funcionários do setor e o aumento significativo dos investimentos públicos na saúde; e o “Fim das remoções e a Reforma Urbana”, buscando que a população seja consultada sobre as conveniências de obras nas suas comunidades, tentando garantir que as alternativas de moradia apresentadas devem contar com todos os equipamentos urbanos.
O movimento também adere à pauta reivindicatória nacional das centrais sindicais que, além da batalha para derrubar o projeto de lei da terceirização (PL 4330/2004), levanta as seguintes bandeiras de luta:
Redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução salarial; Fim do fator previdenciário; 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; Transporte público e de qualidade; Valorização das aposentadorias; Reforma Agrária; Fim dos leilões do Petróleo.
Ainda nesta sexta (2), às 18h, acontecerá uma plenária no Sindicato dos Petroleiros SindPetro-RJ, que segundo o presidente da CTB-RJ, Ronaldo Leite, será de mobilização para a grande atividade do dia 6 de agosto.
Leite também falou melhor sobre o importante ato do dia 6 e da luta pela derrubada do PL 4330 que trará grandes prejuízos aos trabalhadores de nosso país: “O projeto de lei da terceirização está para ser votado na próxima semana, no dia 9 de agosto pela Comissão de Constituição e Justiça, e caso seja aprovado será um grande retrocesso para a classe trabalhadora, pois esse projeto amplia de forma violenta a terceirização e a precarização do trabalho. As centrais e os movimentos sociais construíram uma firme unidade para a derrubada desse projeto. As grandes atividades que acorrerão no dia 6 nas ruas irão demonstrar o papel e a força da classe trabalhadora”.
O líder sindical ainda falou sobre a mobilização nos sindicatos em que a CTB atua: “Nós já fizemos várias plenárias nos sindicatos, estamos trabalhando bastante para mobilização dos sindicatos para uma grande atuação no dia 6 na porta da FIRJAN”, finalizou Ronaldo Leite.
As 7 centrais sindicais que integram esse movimento no Rio de Janeiro são: CTB, CUT, UGT, Força Sindical, Nova Central, CGTB, CST Conlutas.