Mugabe é eleito no Zimbabue para 7º mandato consecutivo 

O presidente Robert Mubage foi reeleito presidente do Zimbabue nas eleições de 31 de julho último, confirmou neste sábado (3) a Comissão Eleitoral.

O líder da União Nacional Africana do Zimbabue – Frente Patriótica (Zanu – FP) conquistou 61 por cento dos votos, o que confirma o prognóstico de seu partido de alcançar entre 60 e 70 por cento dos sufrágios, segundo dados da Comissão Eleitoral.

Mugabe e sua formação política conquistaram a maioria parlamentar com mais de dois terços das cadeiras do Legislativo.

O apoio dos eleitores União Nacional Africana do Zimbabue – Frente Patriótica (Zanu – FP) e a seu candidato, de 89 anos e 33 no poder, significou 150 das 210 cadeiras do Parlamento, no qual tinha maioria desde 2008 o opositor Movimento por uma Mudança Democrática, de Morgan Tsvangirai.

Mugabe, cuja vitória já tinha sido antecipada nesta quinta-feira pelo porta-voz da Zanu – FP, Rugare Gumbo, começará agora seu sétimo mandato consecutivo.

Morgan Tsvangirai, principal candidato da oposição, obteve 34 por cento dos votos, segundo a Comissão Eleitoral, e continuou neste sábado suas habituais acusações de “fraude”.

Líderes dos observadores da União Africana (UA) e da Comunidade Econômica de Estados da África Austral (Cedeao) referendaram a qualidade do processo eleitoral.

O ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, chefe dos especialistas enviados pela UA, afirmou que as eleições foram "livres, justas e equilibradas, à exceção de alguns incidentes, que não incidem no resultado final".

As eleições foram “livres e transcorreram em clima de paz e tolerância", assegurou a Cedeao, que também chamou a oposição encabeçada por Tsvangirai a respeitar os resultados finais.

A União Europeia, por sua parte, felicitou o povo do Zimbabue por sua participação pacífica nas eleições e chamou todas as partes envolvidas a manter a calma até a publicação dos resultados definitivos na próxima segunda-feira. A UE saudou o processo eleitoral a partir dos citados informes dos organismos africanos.

Mugabe, à frente do Governo desde 1980, quando o Zimbabue obteve a independência do colonialismo britânico, defende o nacionalismo negro e a estabilidade nacional, o que lhe facilitou o apoio de amplos setores internos e africanos.

Prensa Latina