Ministro sírio rechaça "fabricação" sobre uso de armas químicas

O ministro sírio da Informação, Omran al-Zoubi, rechaçou as acusações de políticos e meios de comunicação ocidentais e árabes sobre o suposto uso, pelo governo, de armamento químico, nesta segunda-feira (5), em entrevista à televisão da Síria. As notícias "carecem de veracidade e respondem a uma fabricação para justificar as agressões de mercenários e terroristas”, disse o ministro, enquanto centenas de pessoas foram mortas, neste fim de semana, em diferentes localidades, pelos grupos rebeldes.

“Se a Síria tivesse armas químicas, não as usaria contra a população civil, pois os princípios nacionais e o prestígio de que gozam as autoridades nunca o permitiriam”, argumentou o ministro.

Al-Zoubi condenou as acusações contra o governo, enquanto opinou que tais tergiversações respondem à campanha de calúnias mantida contra a nação há mais de dois anos e meio, com o objetivo de justificar à opinião pública mundial o contencioso.

Nesta segunda-feira (4), grupos da oposição voltaram a acusar o Exército Árabe-Sírio pelo suposto emprego de gás tóxico (sárin), desta vez durante combates no noroeste de Damasco.

Ainda assim, as autoridades denunciaram à ONU e organismos internacionais que são os chamados “rebeldes” os que empregam tais substâncias letais, facilitadas por países da região, para logo culpar o governo sírio.

Recentemente, a Rússia entregou às Nações Unidas os resultados de uma investigação da equipe de especialistas que fez visitas no lugar em que houve denúncias do uso de armas químicas, e chegou à conclusão de que foram os grupos da oposição armada os autores do ato.

O ministro Al-Zoubi explicou também que, atualmente, há no território sírio a mais alta proporção de mercenários, o que em sua opinião confirma o amplo apoio que estão recebendo apoio que estão recebendo do exterior para tentar liquidar a integridade territorial e a soberania da Síria.

Al-Zoubi também fez referência aos massacres de civis perpetrados pelos grupos armados. O governo documenta esses assassinatos mediante a compilação de dados para conformar um expediente e apresenta-lo aos organismos internacionais, mediante o Ministério de Relações Exteriores, com o fim de expor ao mundo a verdade dos fatos, informou.

Na província oriental de Hasakah, neste fim de semana, cerca de 450 pessoas foram mortas. Militantes da Frente Al-Nusra, entidade declaradamente filiada à rede Al-Qaida, atacaram a aldeia de Tal Abyad, de maioria curda, neste domingo (4), e mataram 120 crianças e 330 mulheres e anciãos, segundo a agência de notícias Dampress.

Também no fim de semana, grupos jihadistas tomaram vários povoados na província costeira de Latakia, e assassinaram quase 50 pessoas, segundo um informe oficial.

Na zona, a maioria da população é de alauitas, grupo confessional dentro do ramo islâmico do xiismo, ao qual pertence o presidente Bashar Al-Assad. Tais fatos confirmam a ideologia fundamentalista e sectária que guia os integrantes dos grupos armados.

Com informações da Prensa Latina