Obama aprova lei sobre empréstimos a universitários dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinará nesta sexta-feira (9) um projeto de lei para reduzir as taxas de juros aos empréstimos de estudantes universitários, mas enfrenta críticas pelas perspectivas de um futuro com esses créditos mais caros.

A legislação chegou nas mãos do mandatário, depois de aprovada pelo Senado e depois de uma votação 392-31 na Câmara de Representantes no passado dia 31 de julho.

O último pleno parlamentar – dominado pela oposição republicana – deixou resquícios legais para que as taxas possam subir nos próximos anos, ainda que o regulamento coloca o máximo para juros financeiros em 3,86%, abaixo da marca de 6,8 aprovada em 1 de julho.

Os republicanos vincularam as taxas de juroS à capacidade de auto-financiamento do governo federal, depois de oficializado um limite máximo de 8,25% para os próximos cinco anos.

Desde julho passado, milhões de universitários nos Estados Unidos tiveram que pagar um valor adicional de US$ 3 mil anuais para quitar empréstimos financeiros que cubriram sua educação superior.

Depois do Congresso não ter conseguido achar uma solução legislativa no final de junho, a taxa de cobrança dos juros saltou de 3,4 a 6,8%, duplicando as dívidas.

Segundo o Centro de Estatísticas da Educação, ao redor de 65% dos jovens estadunidenses que param de estudar nos primeiros três anos não obterão diplomas, mas sairão das instituições com uma dívida de quase US$ 20 mil.

A agência Fidelity Investments lembrou que as matrículas em universidades privadas deste país custam entre 40 e 60 mil dólares anuais, alguns alunos se formam com dívidas superiores a US$ 100 mil e demoram uma década para pagar.

Para o curso de 2013 está previsto que cerca de 70% dos estudantes graduados nos Estados Unidos deixe as salas com uma dívida per capita média de US$ 35,2 mil.

Vários meios de imprensa chamam a dívida estudantil nacional "a tempestade perfeita" depois de divulgado que o valor total no começo junho passou de US$ 1 trilhão.

Fonte: Prensa Latina