Obama aprova lei sobre empréstimos a universitários dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinará nesta sexta-feira (9) um projeto de lei para reduzir as taxas de juros aos empréstimos de estudantes universitários, mas enfrenta críticas pelas perspectivas de um futuro com esses créditos mais caros.
Publicado 09/08/2013 13:22
A legislação chegou nas mãos do mandatário, depois de aprovada pelo Senado e depois de uma votação 392-31 na Câmara de Representantes no passado dia 31 de julho.
O último pleno parlamentar – dominado pela oposição republicana – deixou resquícios legais para que as taxas possam subir nos próximos anos, ainda que o regulamento coloca o máximo para juros financeiros em 3,86%, abaixo da marca de 6,8 aprovada em 1 de julho.
Os republicanos vincularam as taxas de juroS à capacidade de auto-financiamento do governo federal, depois de oficializado um limite máximo de 8,25% para os próximos cinco anos.
Desde julho passado, milhões de universitários nos Estados Unidos tiveram que pagar um valor adicional de US$ 3 mil anuais para quitar empréstimos financeiros que cubriram sua educação superior.
Depois do Congresso não ter conseguido achar uma solução legislativa no final de junho, a taxa de cobrança dos juros saltou de 3,4 a 6,8%, duplicando as dívidas.
Segundo o Centro de Estatísticas da Educação, ao redor de 65% dos jovens estadunidenses que param de estudar nos primeiros três anos não obterão diplomas, mas sairão das instituições com uma dívida de quase US$ 20 mil.
A agência Fidelity Investments lembrou que as matrículas em universidades privadas deste país custam entre 40 e 60 mil dólares anuais, alguns alunos se formam com dívidas superiores a US$ 100 mil e demoram uma década para pagar.
Para o curso de 2013 está previsto que cerca de 70% dos estudantes graduados nos Estados Unidos deixe as salas com uma dívida per capita média de US$ 35,2 mil.
Vários meios de imprensa chamam a dívida estudantil nacional "a tempestade perfeita" depois de divulgado que o valor total no começo junho passou de US$ 1 trilhão.
Fonte: Prensa Latina