Egito, Sudão e Etiópia debaterão sobre conflito na região do Nilo

Em maio passado, o início do enchimento da represa Renascimento, na Etiópia, provocou protestos do Egito, cujas autoridades temem uma diminuição de sua quota anual de água, estimada em 55 bilhões de metros cúbicos.

É possível que a reunião ocorra no final deste mês, disse o embaixador egípcio em Addis Abeba, Mohamed Idris, ao jornal Al Ahram.

A Etiópia nega alegações de que a gigantesco represe, núcleo de um programa de desenvolvimento energético que inclui quatro hidroelétricas, vá ter influência sobre a quantidade de água que chega ao Egito, além de considerar nulo e sem valor o acordo que outorga essa quota ao país das pirâmides por ter sido adotado na época colonial.

No início de julho passado, poucos dias depois da deposição do presidente Mohamed Morsi, a chancelaria egípcia emitiu um comunicado no qual expressou sua profunda preocupação pelo silêncio das autoridades etíopes sobre debater o tema.

O Cairo alega também inquietudes devido a um acidente na represa por causa de rompimentos nos muros de contenção, que podem provocar uma inundação de proporções cataclísmicas no Sudão e no sul de seu território.

Fonte: Prensa Latina