Repressão policial no Egito deixa centenas de mortos e feridos

Segundo informações das agências de notícias, ao menos 95 pessoas teriam sido mortas na manhã desta quarta-feira (14), após as forças de segurança do Egito terem agido para remover dois acampamentos de apoiadores do presidente deposto Mohammed Mursi nas ruas do Cairo.

Egito apoio a Mohammed Mursi - Mohamed Abd el-Ghany/Reuters

Por sua vez, a Irmandade Muçulmana (grupo islamista transnacional) calcula que o número de mortes é ainda maior. O grupo político, ao qual Mursi é filiado, descreveu a intervenção das forças de segurança como um massacre.

Cerca de 900 pessoas ficaram feridas, de acordo com a TV estatal egípcia. O porta-voz do ministério, Hamdi Abdel Karim, disse que entre os mortos estão policiais e civis. Por conta disso, o governo interino anunciou a imposição do estado de emergência pelo período de um mês.

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Rajadas de metralhadoras foram ouvidas ao amanhecer, enquanto escavadeiras avançavam sobre as áreas de acampamento. Também foram utilizadas bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. As autoridades egípcias declararam que a praça Nahda, no oeste do Cairo, já foi totalmente esvaziada.

Apoiadores de Mursi ocupavam a praça Nahda e o local em frente à mesquita Rabaa al-Adawiya, no nordeste da cidade, desde a deposição do presidente, em 3 de julho. Eles pedem volta dele ao cargo.

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências de notícias