Catatumbo: Agricultores denunciam onda de violência na Colômbia

Nesta terça-feira (13), os camponeses colombianos de Catatumbo denunciaram uma nova onda de violência por parte do exército, que teria disparado contra os agricultores que lutam para evitar a erradicação forçada dos cultivos ilícitos nessa região.

Camponeses Catatumbo - Agência Pulsar

Em um comunicado divulgado pela Agência de Imprensa Rural, a Associação Camponesa do Catatumbo afirma que o governo "faz questão da violência como solução à problemática dos cultivos de coca, após terem sido suspensos os protestos e mobilizações para a retomada das conversas".

Sem haver qualquer acordo sobre o tema, um grupo de erradicadores foi destinado aos municípios de Tibu e Sardinata, apoiados por uma ação militar. A Associação declarou que, na manhã da segunda (12), o exército arremeteu disparos contra os agricultores que tentavam impedir a erradicação violenta dos cultivos ilícitos em Riochiquito. A denúncia diz ainda que um soldado sem identificação é o que mais ameaça os camponeses.

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Os agricultores manifestam que estas ações "atrapalham o processo de conversas com o governo e não ajudam para que se alcancem os acordos necessários".

"Rechaçamos a criminalização que se exerce continuamente contra o campesinato das regiões cocaleiras e recordamos que o cultivo desta plantação é a última alternativa que lhes ficou para poder sustentar suas famílias diante do abandono total e miserável do Estado", destacaram.

No documento, a associação camponesa responsabiliza o Estado por qualquer risco contra a integridade dos camponeses e exigiu que se deixe de violar os direitos humanos.

Ficou acertado, na semana passada, que os porta-vozes camponeses e a equipe governamental devem retornar à mesa de diálogo ainda hoje, para continuar avançando em uma solução que permita retirar a região da grave crise humanitária.

Os protestos, iniciados em 11 de junho, foram levantadas em 3 de agosto com a assinatura de um pré-acordo entre as partes. Os camponeses advertem que se não houver avanços, em 19 de agosto se unirão à greve nacional agrária.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina