Portomídia inicia nova etapa do parque tecnológico do Recife

“Que venham os que sabem fazer acontecer. Agora começa a parte mais interessante, que é trazer o talento e a genialidade dos pernambucanos e nordestinos que vão ter aqui espaço para seu poder criador”, afirmou o governador Eduardo Campos ao inaugurar, nesta segunda-feira (12/08), o Portomídia.

O equipamento é resultado de um investimento global de R$ 24 milhões com investimentos do Governo do Estado e do Governo Federal, que juntos somam R$ 3,5 milhões. Outras quatro instituições injetaram verbas na concretização do projeto: BNDES (R$ 8,8 milhões), Financiadora de Estudos e Projetos – Finep (R$ 3,8 milhões), Ministério das Comunicações (R$ 7,8 milhões) e Sebrae (R$ 128 mil).

O Centro dá início à implementação de uma nova etapa do parque tecnológico, localizado no antigo Bairro do Recife que é a produção áudio-visual realizada na cidade. Com a nova estrutura, diretores e produtores locais não precisarão se deslocar a centros como São Paulo ou NY para finalizar projetos em andamento. O espaço nasce com o objetivo de incentivar as empresas que lidam com as áreas da Economia Criativa, mas que o fazem com uso intensivo de Tecnologia da Informação, uma área onde o Porto Digital já é referência no cenário nacional e internacional.

Segundo Eduardo, o Portomídia “guarda sinergia” com o esforço de estruturação de toda a cadeia da tecnologia da informação no Estado. "Também guarda relação com o esforço que o governo tem feito em estruturar uma política publica na área de cultura", colocou.

Multimídia e design

O espaço de 500 metros quadrados, localizado na rua do Apolo, no Bairro do Recife, vai beneficiar um tripé formado por produtores, criadores e tecnólogos em seis setores da economia criativa: Multimídia, Jogos digitais, Cine-vídeo-animação, Design, Fotografia e Música. A atuação desses setores será guiada por quatro pilares: Educação, Empreendedorismo, Exibição e Experimentação.

Presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, explicou que o projeto surgiu há cerca de três anos durante elaboração do planejamento estratégico da instituição, que identificou a necessidade de incluir um segundo grupo de atividades que tivesse “sinergia” com a área de Tecnologia da Informação.

"Esse empreendimento não chega para promover concorrência com produtoras privadas, mas sim para contribuir para o desenvolvimento na cidade do Recife, de cadeias produtivas nessas seis áreas”, esclareceu Saboya.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelino Granja, o início das atividades do Portomídia marca uma “arrancada definitiva que permite apoiar o produtor cultural, o criador e o artista, da produção à pós-produção, num nível elevadíssimo de condições de apresentar o nosso produto, a nossa ideia criativa”. O secretário lembrou que o Estado tem investido, por ano, mais de R$ 20 milhões no suporte ao empreendedorismo através de políticas de ciência e tecnologia.

Infraestrutura

O espaço conta com duas salas de capacitação equipadas com computadores de última geração e infraestrutura para até vinte alunos por sala. Dispõe ainda de duas salas de incubação para dez empresas, cinco laboratórios de imagem, som, design, animação e interatividade e a mais moderna sala de screen-test para mixagem e finalização de som e imagem do país.

A sala será equipada com aparelhos de ponta, como o BaseLight, que permitirá o tratamento de cor e imagem em 4k em tempo real, scanner e impressora (prototipagem) 3D. Além disso, o Portomídia conta com uma sala de exibição de 100 metros quadrados, equipada com painéis interativos e displays.

Foto: Ailton Pedroza/SectecPE

Fonte: SectecPE