Tribunal Europeu pode suspender sanções contra bancos do Irã

O Tribunal Europeu podem desmantelar sanções impostas à República Islâmica do Irã pela União Europeia, em alinhamento com os Estados Unidos e com base nas alegações de que o programa nuclear persa tem objetivos bélicos. A reportagem do portal italiano Linkiestat informa que a anulação das sanções contra alguns bancos iranianos pelo Tribunal indica a possibilidade de levantar outras sanções contra o país, pela ausência das razões requeridas.

O texto caracteriza como um “tigre de papel” as medidas adotadas pelos governos da UE contra Teerã, pela negativa dos europeus a prestar informação e documentos ditos “secretos” contra o programa nuclear iraniano.

Entretanto, a organização rechaça a publicação da informação necessária para manter as sanções em vigor, enquanto os tribunais afirmam que qualquer país deve apresentar evidências ante qualquer acusação.

A reportagem qualifica de “uma vitória” a suspensão de embargos contra bancos iranianos (o Saderat e o Mellat), no começo deste ano, depois de as sanções impostas ao banco privado Sina terem sido anuladas em dezembro de 2012.

De acordo com a notícia, no próximo mês de setembro, outras entidades e bancos iranianos, entre eles o Banco Central do Irã, lutarão judicialmente contra as sanções de que ainda são alvo.

Os Estados Unidos, Israel e alguns de seus aliados acusam o Irã de desenvolver objetivos bélicos com a manutenção de um programa nuclear avançado, apesar da reafirmação frequente do governo persa de exercer o seu direito, como signatário do Tratado de Não Proliferação nuclear (TNP), de desenvolver um programa civil de energia nuclear e pesquisas médicas.

O pretexto da construção de armas nucleares é usado pelos EUA, desde 1979, e pela União Europeia, assim como pela própria ONU, desde 2006, para impor sanções ao Irã, de diversos gêneros. Entre eles, o tipo de sanção que afeta a indústria petrolífera iraniana.

Com informações da HispanTV,
da redação do Vermelho