EUA votarão projeto de lei que amplia sanções contra o Irã

Apesar de esperar-se que a medida consiga uma maioria absoluta na Câmara Baixa, a proposta tardará algum tempo a converter-se em lei, já que ainda não obteve a aprovação do Senado. O Comitê da Bancada do Senado ainda deve revisar o projeto de lei em setembro, e apenas depois disso é que ambas as câmaras se reunirão para a votação conjunta.

A implementação da proposta pode levar a um aumento do preço mundial do barril de petróleo, e ao descontentamento dos maiores compradores do petróleo iraniano, a Índia e a China. Ambos também já mantêm conversações bilaterais com o Irã para alternativas para a questão, e com os EUA para buscar um diálogo producente sobre o programa nuclear persa, que os EUA e países europeus acusam de ter objetivos militares.

Atualmente, a China e a Índia estão isentas das sanções dos Estados Unidos sobre o petróleo iraniano, mas a nova normativa reduziria a quantidade que ambos os países poderiam adquirir do Irã.

Na semana passada, 131 parlamentares enviaram uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em que pediam uma postura diferente da política externa norte-americana para o Irã, dando uma opção alternativa trazida pela eleição de um presidente “mais moderado”, Hassan Rouhani, em junho.

O Departamento do Tesouro dos EUA anulou as sanções sobre uma série de medicamentos, que até o momento tinham a venda restrita ao Irã sem permissão.

Desde o início de 2012, os Estados Unidos e a União Europeia impõem sanções ainda mais incisivas contra a indústria petrolífera do Irã e ao seu setor financeiro, para impedir a compra de hidrocarbonetos persas e a realização de transações financeiras com o seu Banco Central.

Entretanto, a medida de imposição de sanções é aplicada pelos EUA contra o país persa desde a Revolução Iraniana, em 1979. Ainda em 1995, as sanções norte-americanas foram expandidas contra os países que comercializassem com o Irã, e em 2005 o Conselho de Segurança da ONU aprovou a sua resolução 1696, quando o Irã recusou-se a suspender o seu programa nuclear, que afirma ter fins apenas civis.

Com informações da HispanTV,
Da redação do Vermelho