Casan: Servidores querem o fim da terceirização

 

Os impactos negativos da terceirização dos serviços de água e esgoto em Santa Catarina, o enxugamento do número de diretorias da Casan e a imediata instalação da CPI das Águas foram as principais reivindicações debatidas na Audiência Pública, convocada pela deputada Angela Albino como presidente da Comissão de Legislação Participativa da Assembleia. A reunião lotou o Auditório Antonieta de Barros, na manhã desta quarta-feira (21), reunindo também diversas autoridades como o diretor-geral do Tribunal de Contas, Carlos Tramontina, o diretor de expansão da Casan, Adelor Vieira, a representante do Conselho Regional de Engenharia (Crea) Roberta dos Anjos, o diretor do Sindicato dos Administradores (Saesc), Afonso Coutinho Azevedo, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema), Odair Rogério da Silva.

“A CPI das Águas servirá para mostrar que a privatização abriu as portas para a corrupção, não melhorou a vida dos catarinenses e ainda pode quebrar a Casan, uma empresa pública que temos a obrigação de defender", defendeu Angela.

Os funcionários da Casan que participaram da audiência pública levaram outras reivindicações, além da instalação imediata da CPI. Segundo o presidente do Sintaema, Odair Rogério da Silva, é necessária a redução do número de diretorias, a contratação de mais servidores e a fim da municipalização dos serviços sob pena de quebra da Casan. Ele ainda afirmou que caso as reivindicações não sejam atendidas pelo governo, os servidores poderão paralisar os serviços em protesto em outubro.

O diretor-geral do Tribunal de Contas, Carlos Tramontina, abordou outro problema considerado gravíssimo, como o baixo índice de cobertura de saneamento no estado. Santa Catarina é a 7º maior economia brasileira e só cobre 17% do estado com saneamento. Não podemos ser uma das maiores economias do país e ao mesmo tempo não oferecer saneamento básico para os catarinenses”, disse.
O diretor da Casan, Adelor Vieira, justificou que dificuldades como a morosidade para se conseguir licenças ambientais para obras em Santa Catarina seria um dos motivos que prejudicaria a expansão do serviço.


*Assessoria de Imprensa do Mandato