Juca: "Os rapazes do Fora do Eixo são honestos e criativos"

"São rapazes honestos e criativos. Por isso mesmo, deveriam estar enaltecendo seus acertos, em vez de criminalizar pecados menores", declarou Juca Ferreira, secretário da Cultura da Prefeitura de São Paulo, e ex-secretário-executivo do Ministério da Cultura na gestão Gilberto Gil, ao fala sobre as agressões gratuitas aos integrantes da Casa Fora do Eixo. Segundo ele, o movimento está sendo submetidos a um linchamento sem sentido.
 

Juca Ferreira

Em entrevista à imprensa, um dos formuladores da política de Pontos de Cultura – pela qual foram distribuídos equipamentos de aúdio e vídeo para inúmeras comunidades no país –, Ferreira aponta um conjunto de exageros nos ataques ao grupo.

"Em sete anos, captaram pouco mais de R$ 1 milhão de lei Rouanet", diz ele. "Há institutos ligados a grandes instituições que captam R$ 60 milhões por ano". Nesse período, o Fora do Eixo fez mais shows e gravou mais discos que todas as "majors", as grandes gravadoras multinacionais que dominam o mercado brasileiro.

Como funcionam?

O secretário de Cultura destacou que conheceu o grupo em um seminário e acompanhou os debates iniciais, dirigiu-se à mesa e, antes de chegar, voltou-se para trás a apontou para um dos participantes: "Você é o mais sabido de todos". Era Capilé, que se tornou o inimigo número um da cultura, da mídia e do ativismo político paulistano.

De acordo com Juca Ferreira, o funcionameno do Casa Fora Eixo faz "parte da experiência de vida dos coletivos". Hoje em dia, a comunidade mora perto do Polo Norte, cria cavalos suecos e vive sem energia elétrica.

Com informações da Rede Brasil Atual