Ação na Síria sem aval da ONU seria uma violação, alerta Brahimi
Qualquer intervenção militar na Síria sem a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas seria uma violação à legislação internacional, alertou nesta quarta-feira (28) em Genebra o enviado especial da ONU para este conflito, Lakhdar Brahimi.
Publicado 28/08/2013 13:46
Em coletiva de imprensa, o também enviado da Liga Árabe afirmou que uma intervenção armada estrangeira precisa do aval do Conselho de Segurança, para o qual se requer a aprovação dos 15 países integrantes desse órgão.
Várias potências ocidentais como Estados Unidos, França e Reino Unido manifestaram sua intenção de promover uma possível intervenção nesse país do Oriente Médio, com o pretexto de que o governo foi autor de um ataque químico na semana passada, acusação lançada por grupos opositores armados.
Sobre o assunto, o presidente sírio, Bashar al-Assad, apresentou evidências de que são os grupos mercenários, financiados pelo exterior, que utilizam esse tipo de armamento e assegurou que com suas acusações tentam apenas criar uma cortina de fumaça sobre o evidente avanço do Exército Árabe Sírio.
Embora a decisão do Conselho de Segurança seja assinalada como legalmente imprescindível para tomar qualquer ação, o chanceler britânico, William Hague, declarou recentemente que poderiam intervir na Síria inclusive sem esse aval da ONU.
A respeito, Brahimi manifestou que "o direito internacional é claro quanto a isto e diz que uma ação militar deve ser empreendida após uma decisão do Conselho de Segurança".
O mediador apontou que, pessoalmente, recusa qualquer intervenção por uma questão de princípios. Agregou que uma ação deste tipo teria efeitos imprevisíveis nos esforços realizados nos últimos meses para realizar uma conferência internacional de paz para a Síria, encaminhada a conseguir uma solução política e pacífica ao conflito.
Fonte: Prensa Latina