Começam as reuniões prévias à Cúpula da Unasul no Suriname

As delegações dos doze países membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) iniciaram nesta quinta-feira (29), na capital do Suriname, os encontros prévios da Cúpula que reúne os chefes de Estado e de governo.

Unasul - Unasul

Os ministros se reúnem previamente para acordar a "Declaração de Paramaribo" – que deve ser assinada na sexta-feira (30) pelos os chefes de Estado e de governo – e preparar resoluções sobre outros temas. 

O documento deve estabelecer questões de estratégia para a Unasul e as áreas prioritárias de trabalho, como a integração política e o impulso da juventude. A agenda do encontro prevê ainda eleição do próximo secretário-geral e a apresentação dos objetivos para o próximo ano, quando o Suriname assume a presidência da organização, que atualmente é gerida pelo Peru.

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O chanceler do Suriname, Wiston Lackin, assegurou à venezuelana Telesur que o bloco trabalha também na elaboração de uma resolução sobre a Síria.

Nos últimos dias, vários países da Unasul se pronunciaram contra qualquer iniciativa militar na contra o país do Oriente Médio. O próprio governo da Argentina, que preside temporariamente o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), expressou em um comunicado que “jamais irá propor, nem endossar uma intervenção militar estrangeira” no local.

Construção da sede da Unasul

Durante a Cúpula, o Equador deve detalhar como estão os trabalhos para a construção da sede da Unasul em Quito.

No último dia 15 de agosto, a Bolívia destinou 64 milhões de dólares para a obra da sede do Parlamento da Unasul em Cochabamba.

Reincorporação do Paraguai

Alguns dos líderes que participam da cúpula na sexta-feira já partiram para Paramaribo, incluindo o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, cuja presença nesta reunião formaliza a reincorporação do país na Unasul, depois da suspensão de mais de um ano.

Inevitavelmente Cartes irá encontrar com o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, que foi declarado persona "non grata" pelo ex-governo do Paraguai, mas até o momento não há previsão de uma reunião bilateral.

Maduro não foi convidado para a cerimônia de posse de Cartes, mas escreveu ao presidente eleito expressando seu desejo de normalizar as relações entre os dois países, suspensas desde a deposição do presidente Fernando Lugo do Paraguai, em junho de 2012.

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências de notícias