Mais de três milhões de crianças trabalham no México

Navarrete afirmou que os números são preocupantes”. Mais de 900 mil crianças dentre cinco e 17 anos se trabalham na agricultura, “o que representa um terço do total de crianças que trabalham no país”.

O secretário indicou que o governo fortaleceu os mecanismos para prevenir e erradicar o trabalho infantil, “porque está comprovado que o trabalho das crianças não resolve os problemas de pobreza nem as carências familiares”.

Acrescentou que “ao permitirmos que 10% de nossas crianças e adolescentes trabalhem no México, o que estamos fazendo, na realidade, é estragar seu futuro, e, portanto, o futuro de nossa sociedade”.

“É inadmissível no México de nossos dias que a pobreza, a marginalização e a desigualdade social sigam afetando a vida nas zonas rurais e agrícolas do país”, apontou Navarrete.

Durante sua participação no Congresso Extraordinário da Confederação Nacional Camponesa, Navarrete lamentou a evidente queda da força trabalhista no campo e sua emigração para as cidades ou para o exterior.

O titular de política trabalhista do México afirmou que o setor agropecuário participa cada vez menos no Produto Interno Bruto (PIB) do país, e que o campo se caracteriza cada vez mais pelo abandono das terras, pela emigração, pela desertificação e pela baixa produtividade.

O secretário indicou que a reforma trabalhista aprovada no ano passado se encaminha para outorgar segurança jurídica à população trabalhadora do campo, onde moram 25 milhões de pessoas, das quais 65% são pobres.

No setor agropecuário, trabalham 6,7 milhões de mexicanos, o que supõe 13,5% da população ocupada. Não obstante, quase três milhões de jornaleiros agrícolas emigram a cada ano para diversos pontos do país, para zonas de alta produção agrícola ou para o exterior.

Com Efe