Partidários de Mursi convocam outra manifestação no Egito

O grupo denominado “Aliança Anti-Golpe”, formado por várias frações políticas no Egito, convocou nesta quinta-feira (29) uma nova jornada de protestos para esta sexta-feira (30), apesar da repressão denunciada como “brutal” aplicada pela polícia, com a autorização do governo interino, desde a deposição do presidente Mohammed Mursi, no começo de julho.

Manifestantes pró-Mursi - HispanTV

Em coletiva de imprensa, Salah Gomaa, um membro desta aliança, além de pedir a libertação dos presos políticos, exigiu a abertura de uma investigação sobre o uso da violência durante os últimos meses contra os partidários de Mursi, da Irmandade Muçulmana.

Gomaa reafirmou que os manifestantes, que estão nas ruas com maior intensidade desde a queda de Mursi, continuarão protestando contra a medida, tomada pelo Exército em 3 de julho, e pela recondução de Mursi ao cargo.

Segundo informação oficial publicada nesta quarta-feira (28), a polícia egípcia deteve, no dia anterior, mais de 60 integrantes e partidários da Irmandade Muçulmana, da qual faz parte o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), do qual Mursi é membro.

Entre os detidos estão Saad al-Shater, filho do líder adjunto da Irmandade, Jairat al-Shater, junto com o cunhado de um dos fugitivos líderes do PLJ, Mohamad al-Beltagy. Vários outros líderes da IM já foram detidos nas últimas semanas, assim como o próprio ex-presidente Mursi.

Depois da mais intensa repressão sangrenta de 14 de agosto, em uma semana em que cerca de 700 pessoas foram mortas, a Aliança não abandonou as ruas, ainda que o Ministério do Interior do Egito tenha permitido à polícia o uso munição letal, para contrapor qualquer ataque levado a cabo contra as forças de segurança ou contra os edifícios públicos.

Com HispanTV,
da redação do Vermelho