CPI pedirá proteção para jornalista que denunciou espionagem 

Na primeira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem, nesta terça-feira (3), foi aprovado requerimento solicitando proteção da Polícia Federal para o jornalista Glenn Greenwald e seu companheiro, David Miranda, que vivem no Brasil. Greenwald foi o responsável por expor programas secretos dos Estados Unidos com base em dados vazados pelo ex-técnico da Agência de Segurança Americana (NSA) Edward Snowden.

A CPI foi criada para investigar denúncia de que o governo norte-americano teria monitorado milhões de emails e telefonemas no Brasil. Até a presidenta Dilma Rousseff e assessores próximos teriam sido vítimas da espionagem.

A presidente eleita da comissão, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM-foto), comunicou que os integrantes da CPI terão em breve reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Os Ministérios das Comunicações e da Defesa, além da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também serão contatados pela CPI.

Também foi aprovado requerimento solicitando à Polícia Federal a disponibilização de assessores do órgão para auxiliar os trabalhos da CPI.

No início de agosto, Greenwald falou à Comissão de Relações Exteriores do Senado. Segundo o jornalista, documentos em análise, que podem ser divulgados a qualquer momento, trazem informações estratégicas sobre a política e o comércio do Brasil.

Companheiro de Greenwald, David Miranda foi recentemente detido no Aeroporto de Heathrow, na Inglaterra. Ele teve telefone, computador, câmera e outros objetos pessoais apreendidos.

Da Redação em Brasília