Paraguai realizará marcha contra privatização do setor elétrico

Trabalhadores e técnicos do setor elétrico paraguaio iniciaram, na semana passada, mobilizações contra a aprovação contra o Marco Regulatório do Sistema Elétrico que, segundo os manifestantes, esconde uma “manobra privatizadora”. Nesta quinta-feira (4), os trabalhadores realizarão uma grande marcha no país.

Militantes do Sitrande e de outros sindicatos se reúnem no começo de julho para protestar contra o marco regulatório / Foto: ABC Color

Na atividade realizada na quarta-feira (28), os empregados da Administração Nacional de Energia Elétrica (Ande) distribuíram panfletos criticando o projeto, que foi parcialmente sancionado no Parlamento e anunciando a participação na marcha de concentração massiva pautada para esta quinta (4).

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A mobilização está sendo convocada por 30 sindicatos e organizações camponesas e indígenas, que entre suas demandas incluirão a rejeição à privatização da Ande. Na mesma ocasião, os empregados do setor elétrico estarão presentes como parte de cinco colunas que marcharão desde pontos distintos da capital até a concentração, que será em frente ao Congresso Nacional.

Os organizadores esperam reunir mais de 15 mil pessoas, que defendem: a realização de uma reforma agrária; a não aceitação do congelamento salarial; o apoio às demandas dos professores e o castigo à corrupção no aparato estatal.

O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Nacional de Eletricidade (Sitrande), José Pineda, informou que nesta terça (3) os dirigentes dos sindicatos e organizações apresentarão um plano de medidas que devem ser adotadas pelo governo de Horacio Cartes para reduzir a injustiça social existente no Paraguai.

Já o dirigente sindical, Oscar Lovera, afirmou que até o momento o Executivo não mostrou predisposição para se reunir com os sindicatos e organizações sociais para conhecer suas abordagens e sugestões para as resolver os problemas do país.

Em junho, milhares de filiados do Sitrande se declararam em "estado de greve” e convocaram uma paralisação total do serviço elétrico no país, em repúdio às pretensões do Governo do então presidente Federico Franco de privatizar a empresa estatal.

Naquela oportunidade, os sindicalistas exigiram que a Câmara dos Deputados retomasse o debate sobre o tema elétrico e arquivasse permanente do Marco Regulatório do Sistema Elétrico, que pretende tirar o monopólio da Administração Nacional de Eletricidade.

Com Prensa Latina