Síria promete resistir caso seja atacada pelos Estados Unidos

O vice-ministro das Relações Exteriores da Síria, Fayçal Moqdad, disse nesta quarta-feira (4) que, mesmo em meio à ameaça de ação militar pelos Estados Unidos, o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, não vai se render.

"O governo sírio não vai mudar de posição mesmo que haja uma 3ª Guerra Mundial. Nenhum sírio pode sacrificar a independência do seu país", reagiu Moqdad.

"A Síria, nos termos da Carta das Nações Unidas, tem o direito de se contrapor à agressão que não tem justificativa à luz do direito internacional", acrescentou.

Moqdad disse que o país adotou todas as medidas para se defender em caso de ataque. "Os Estados Unidos e seus aliados mobilizam países amigos para uma agressão à Síria. Creio que a Síria tem também o direito de mobilizar seus aliados e de receber apoio deles."

O vice-ministro destacou que o Irã, a Rússia, a África do Sul e países árabes “recusaram essa agressão e estão prontos a enfrentar a guerra que vai ser declarada pelos Estados Unidos e seus aliados na Síria". "Se a França quer apoiar a Al-Qaida e a Irmandade Muçulmana, como fez no Egito e em outras regiões, acabará por fracassar na Síria."

Perguntado sobre as declarações recentes do presidente russo Vladímir Pútin, o vice-ministro disse que os russos não mudaram de posição. "A posição da Rússia não mudou. É uma posição responsável de um país amigo que está a favor da paz", explicou. Pútin declarou que não julga como possível o governo sírio ter utilizado armas químicas, mas que, caso seja comprovado que usou, discutiria o caso com os demais membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Com agências