Risco sério de vazamento de água contaminada em Fukushima

O presidente da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão, Shunichi Tanaka, considerou nesta quinta-feira (5) exagerado o risco de contaminação pelas águas que vazaram da central nuclear acidentada de Fukushima.

Tanaka criticou as incorretas explicações oferecidas pela gerência da companhia Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina atômica, sobre o que aconteceu e o que está acontecendo com o vazamento de líquido radiativo.

Segundo o titular da empresa nuclear, é inaceitável a informação sobre a contaminação das águas e qualificou como errado o que foi difundido dizendo que dá uma impressão de maior gravidade do que acontece na realidade.

Os investigadores da Tepco afirmaram que detectaram uma leitura de 2.200 milisieverts por hora, letal para a vida humana, mas que essa medida só é obtida bem perto da fonte, enquanto que a apenas 50 centímetros de distância, essa leitura cai para 40, explicou.

A outra consideração de Tanaka se refere ao fato da operadora usar o sistema de medidas equivocado, porque o correto é a unidade de becquerel. É como se, para descrever o peso de algum objeto, exemplificou, fossem usados centímetros.

O tipo de radiação detectada é muito baixa, incapaz de penetrar no corpo com facilidade e muito menos para um trabalhador, ainda que sua proteção seja rudimentar, explicou o especialista.

Milhares de toneladas de água radioativa foram armazenadas em depósitos temporários em Fukushima, 220 quilômetros ao norte de Tóquio, a capital. Grande parte desse líquido foi utilizado para arrefecer os reatores fundidos, depois do acidente causado pelo terremoto e posterior tsunami de 11 de março de 2011.

Devido ao vazamento de alguns desses tanques, de canos de alimentação ou de pontos de acesso com radiação, existe uma sensação de crise na opinião pública nacional e mundial.

Fonte: Prensa Latina