40 anos do golpe no Chile: Venezuela faz encontro antifascista

A República Bolivariana da Venezuela realizou, nesta quarta-feira, 11 de setembro, quando se completou 40 anos do golpe contra o presidente socialista Salvador Allende, o Encontro Nacional Antifascista. O objetivo do evento foi desenvolver, no âmbito da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), um espaço de reflexão e de luta contra ameaças antidemocráticas que ainda persistem na América Latina. Milhares foram as ruas para rechaçar o fascismo.

Povo foi às ruas em memória de Salvador Allende durante o Encontro Nacional Antifascista/ Foto: AVN

O fórum contou com a participação do jornalista espanhol Ignacio Ramonet, e os professores Javier Biardeau e Juan Barreto. Durante a tarde desta quinta-feira (12), no Teatro Principal, continua a reflexão sobre este tema com o fórum "A história do fascismo na Europa".

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"Hoje Caracas é a capital da luta contra o fascismo e todas as suas formas. O povo na rua está dando seu grito de guerra", afirmou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, durante o evento, ao lembrar as táticas usadas pelos grupos fascistas para derrubar Allende: cercos nos campos econômico, político e social.

De acordo com o mandatário, estes são os mesmos métodos utilizados hoje contra os governos progressistas da região, por isso considerou ser necessário conhecer a história e ter consciência patriótica.

"Chega de que os venezuelanos sabem. Planos de sabotagem o suficiente contra a Revolução Bolivariana ter conhecido e ter derrotado um por um. Assim, um por um, vamos continuar derrotando os planos contra o país, contra a democracia venezuelana e estabilidade", disse Maduro.

Maduro reiterou que os Estados Unidos continuam a projetar planos contra a Revolução Bolivariana. Esse plano é chamado de "colapso total" e é datado de outubro deste ano. O presidente ressaltou que tem dados precisos sobre conversas mantidas na Casa Branca no mês de julho. "Aí foi dada a tarefa à oposição de seguir simulando condutas eleitorais e democráticas no país, mas por baixo", tentam uma nova paralisação patronal, como a que quebrou a economia nacional em 2003.

Em seu Twitter, o mandatário ressaltou: "hoje estivemos com Allende povo, na rua, fazendo reflexões para consolidar a paz justa na nossa Venezuela", escreveu Maduro, com uma fotografia em que ele é acompanhado por uma imagem de Allende.

Da Redação do Vermelho,
com AVN