Tropas estadunidenses se mostram reticentes a atacar a Síria

As tropas estadunidenses seguem reticentes ante as intenções do presidente Barack Obama de uma agressão militar contra a Síria, freada por enquanto pela estocada diplomática apresentada pela Rússia, destacam nesta segunda-feira (16) meios de comunicação digitais.

Várias investigações demonstram a oposição completa do público em geral a um ataque contra a nação árabe e, em particular, 75% dos soldados no serviço ativo são contra uma nova guerra e questionam os argumentos oferecidos por Obama.

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O governante democrata ameaça dar "uma lição" na Síria, cujas autoridades são acusadas do suposto uso de armas químicas sobre a população em 21 de agosto, fato que, no julgamento de Washington, atinge seus interesses nacionais, algo em que não acreditam nem os soldados nem a maioria dos estadunidenses.
"Não escutei uma só pessoa que apoie isso (a agressão)", disse um sargento do Exército na base de Fort Hood, que pediu para não ser identificado, segundo um artigo do site Zero Hedge.

Quando parecia que nada poderia deter a máquina de guerra da Casa Branca, refletida em um incremento das forças navais próximas à costa síria, Moscou sobressaiu com a iniciativa de pôr sob fiscalização internacional o armamento químico síria.

Segundo analistas, a perícia diplomática da Rússia, junto à vontade política das autoridades da Síria, afasta por enquanto um eventual ataque militar dos Estados Unidos que faz uma semana parecia iminente.

O consenso conseguiu-se entre o chanceler russo Serguei Lavrov e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, depois de três dias de diálogo em Genebra.

A iniciativa de Moscou, que conta com o visto bom de Damasco, estipula brindar informação sobre a quantidade e localização dos armamentos químicos, a inspeção por experientes internacionais dos silos de armazenamento e sua destruição em colaboração com instâncias internacionais.

Não obstante, Obama deixou claro que está pronto para atacar se houver algum inconveniente nas negociações, enquanto os grupos armados rechaçaram o pacto russo-estadunidense e alertaram que continuarão suas ações até derrubar o presidente Bashar al-Assad.

Fonte: Prensa Latina