Mais de 8 mil foram mortos nos EUA com armas de fogo em 2011

Ao menos 8.500 pessoas foram assassinadas por armas de fogo nos Estados Unidos no ano de 2011, segundo dados oficiais publicados em um artigo da revista American Journal of Public Health.

Quanto maior é o número de proprietários de armas neste país, maior é a taxa de homicídios, indicou um estudo dirigido pelo pesquisador Michael Siegel, da Universidade de Boston (nordeste), quem fez alusão às cifras reveladas pelo FBI.

Siegel avaliou as estatísticas aproximadas em 30 anos (1981-2010) do número de proprietários de armas e de homicídios por impactos de balas em cada um dos estados.

Isso lhe permitiu determinar que existe uma "sólida correlação" entre a taxa de detenções em um estado e a quantidade de crimes cometidos por disparos com armas de fogo.

De acordo com o estudo, a taxa de posse de armas aqui é de 25,8% no Havaí (norte) a 76,8% em Mississippi (sul), com uma média nacional de 57,7%.

A exploração foi realizada em resposta a uma afirmação da Associação Nacional do Rifle, o mais poderoso lobby a favor da venda e posse de armas em território estadunidense.

Esta organização, que tem mais de cinco milhões de filiados, tem dito que a posse de armas não provoca um incremento da violência.

Atualmente nos Estados Unidos circulam cerca de 310 milhões de armas de fogo o que equivale a quase uma por habitante.

Só seis estados da União promulgaram leis estritas de controle de armas, depois da matança realizada em 14 de dezembro passado em uma escola primária de Newtown, em Connecticut, que deixou 26 mortos, deles 20 crianças.

Enquanto isso, políticos de outros 20 estados defendem a posse de armas e enfraquecem com esta postura as leis locais a respeito da posse de armamentos, disse o Centro de Lei para Prevenir a Violência Armada.

Os debates sobre este tema continuam latentes, pois ainda não se consegue uma legislação para o controle de armas.

O presidente Barack Obama emitiu uma série de medidas através de uma ordem executiva no início do ano destinadas a restringir a posse de armas, que cobra cerca de 85 vidas diárias em média, de acordo com estimativas.

Fonte: Prensa Latina