O Paraguai e a reconfiguração do Mercosul

Após uma visita de Estado na última semana à presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, dando início à sua política de reaproximação de países estratégicos na América do Sul, o presidente do Paraguai, Horácio Cartes, se encontrará com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Sem data marcada, a visita está prevista para ocorrer após a Assembleia Geral das nações Unidas de 22 a 27 de setembro, em Nova York.

Acompanhado por uma delegação de ministros, a ideia de Cartes é dar continuidade às negociações iniciadas há um mês quando Dilma foi ao Paraguai na cerimônia de posse.

Em Buenos Aires, Cartes e Kirchner conversaram por cerca de 40 minutos e ressaltaram a criação do Mercosul, bloco que integra Brasil, Argentina, Venezuela, Uruguai e Paraguai, cujo o país de Cartes ficou suspenso por 14 meses após o então presidente Fernando Lugo ter sido deposto do cargo em um golpe parlamentar. Ato considerado antidemocrático pelos demais membros.

Nesse período, foi aprovado o ingresso da Venezuela como membro-pleno do bloco. Pedido rejeitado pelo parlamento paraguaio por algumas vezes devido às divergências com o chavismo.

Novos membros

Também na última semana, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que aguarda que Brasil e Paraguai aprovem o ingresso do país como membro-pleno, uma vez que os parlamentos de Venezuela e Argentina já o fizeram.

Atualmente também o Equador, o Suriname e a Guiana negociam para se tornar membros-plenos do bloco. As negociações estão adiantadas com o Equador, já foram feitas duas etapas de consultas informais entre especialistas do bloco e equatorianos. Além de Equador e Bolívia, Chile, Peru e Colômbia também são países associados. Hoje, o bloco possui um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões, com 275 milhões de habitantes, segundo dados de 2012.

Com Infolatam