Elza Campos assume vice-presidência do Conselho Estadual

Foi eleita uma nova Mesa Diretora do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM/PR) e também empossadas as novas Conselheiras da entidade para a gestão 2013/2015. A presidência ficou com Rafaela Lupion Melo, que atua na Casa Civil do Governo do Estado, a vice-presidência será ocupada por Elza Maria Campos, da UBM-União Brasileira de Mulheres, e na Secretaria-Geral estará Eliana Maria dos Santos, da CUT-Central Única dos Trabalhadores.

A cerimônia ocorreu na quarta-feira (18), no Palácio das Araucárias, em Curitiba. Para Rafaela Lupion, hoje em dia é fundamental propiciar canais de diálogo com a sociedade civil, para levantar as necessidades afim de garantir os direitos da mulher. É de fundamental importância, também, que isso não ocorra apenas na capital do Estado, mas sim incentivando a criação de Conselhos Municipais, escutando os anseios, afim de possibilitar uma integração com cidadania e respeito a vida, em todos os aspectos – econômico, social, politico e cultural das mulheres

O diretor geral da SEJU, Leonildo Grota, que representou a secretária da Justiça, Maria Tereza Uille Gomes na solenidade de posse, disse que as mulheres têm muito o que conquistar ainda, e é através de uma luta constante e permanente, junto com a sociedade civil organizada, que essas conquistas poderão ser obtidas.

A Lei Estadual 17504/13, assinada pelo governador Beto Richa, criou o CEDM/PR que desde 1985 existia por Decreto, sendo apenas consultivo. Com a reorganização passou a ser um órgão consultivo e deliberativo, funcionando no âmbito da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU), que possibilita a participação popular na elaboração de diretrizes de ação governamental voltadas à promoção dos direitos das mulheres, além de atuar no controle social de políticas públicas de igualdade de gênero. São 52 pessoas como Conselheiras, sendo 13 representantes governamentais e respectivas suplentes e igual número de representantes da sociedade civil organizada.

A ex-presidente do CEDM, Elza Campos e atual vice, disse que “hoje fazemos a instalação do Conselho com novo nome, pois já foi Conselho da Condição Feminina, Conselho da Mulher e agora Conselho dos Direito da Mulher, então ele tem um novo paradigma no contexto das conquistas do século XXI, de consolidação da democracia”. O Conselho ser deliberativo, afirmou Elza, é fundamental, pois abre debate para as políticas públicas e consequente deliberação sobre elas, tornando-se mais propositivo. “Temos um papel muito mais importante e estamos num momento de consolidar direitos e também o Conselho”.

Elza Campos disse, ainda, que existem dois pontos centrais: a violência contra a mulher e mais mulheres no poder. “Temos a Lei Maria da Penha, mas precisamos ampliar as ações para mulheres vítimas de violência, ter capacitação nos vários setores das delegacias, ter os juizados de violência contra a mulher, dar concretude a Defensoria Pública. Quanto a representatividade, ainda é um problema muito grande no século XXI. Avançamos, temos uma Presidenta da República, mas poucas mulheres nos espaços de poder. Esse ainda é um grande desafio para nós”, afirmou a presidente do CEDM.

A conselheira Rosalina Batista, presidente da Associação das Mulheres Batalhadoras, formada no início da década de 90 por um grupo de ex-trabalhadoras rurais, moradoras do jardim Franciscato, na região sul de Londrina, disse que “sem duvida nenhuma agora ter uma cadeira no Conselho é a consolidação do movimento da mulher, onde podemos lutar pela melhoria de politicas publicas no Paraná”. Para Rosalina, está longe das mulheres conquistarem aquilo que é de direito, elas precisam acordar. Então, frisou ela, “através dos movimentos a gente tá trabalhando essa valorização, daquela dona de casa que muitas vezes não tem para onde ir, não tem informação dos seus direitos e junto com o Conselho a gente pode trazer essa demanda e discutir junto”.

Mercedes Panassol de Mori, conselheira pela FETAEP (Federação dos Trabalhadores na Agricultado do Estado do PR) disse que “para as trabalhadoras rurais só tem a FETAEP representando, então é uma classe que não tem apoio de ninguém, não tem muito estudo, então tem que ter alguém aqui para defender os direitos delas. Mercedes acrescenta que “todas as politicas dependem do governo do estado,e a participação aqui no Conselho foi muito importante, porque aqui temos juízas, promotoras, advogadas, então temos mulheres que defendem a classe urbana das mulheres, e a sociedade civil junto para defender a classe de trabalhadora rural”.

Governo – As Conselheiras Governamentais,que tomaram posse representam as secretarias estaduais da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos – SEJU, Maria Tereza Uille Gomes (titular) e Regina de Cássia Bergamaschi Bley (suplente); da Família e Desenvolvimento Social – SEDS, Mara Cristina Ferreira (titular) e Carmen Cristina Pereira Silva Zadra (suplente); da Segurança Pública – SESP, Maritza Maira Haisi (titular) e Vanessa Alice (suplente); de Relações com a Comunidade – SERC, Mariza Borges Calado (titular) e Clemilda Santiago Neto (suplente); da Agricultura e do Abastecimento – SEAB, Miriam Fuckner (titular) e Elizabeth Beltrami Buchmann (suplente); da Cultura – SEEC, Angelina Netska Balaguer (titular) e Marisa Lago (suplente); da Educação – SEED, Dayana Brunetto Carlin dos Santos (titular) e Marlene Aparecida Comin de Araújo (suplente); da Saúde – SESA, Marcia Huçulak (titular) e Olga Laura Peterlini (suplente); da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SETI, Viviane Aparecida Ribeiro Santos (titular) e Maria Aparecida da Silva (suplente); do Trabalho, Emprego e Economia Solidária – SETS, Alzimara Cabreira Fraga Bacellar (titular) e Maria Augusta Araújo (suplente); da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul – SEIM, Tania Mara Queiroz Ribas (titular) e Marcia Paganelli Alessi; do Esporte – SEES, Adriana Porto Seus (titular) e Letícia Cristina de Moura Torres (suplente);da Casa Civil, Rafaela Marchiorato Lupion Mello (titular) e (Tatiany Graziely Negro Barbeiro Calheiros Almeida (suplente).

Sociedade Civil- Pela Sociedade Civil Organizada foram empossadas as Conselheiras repesentando a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná – FETAEP, Mercedes Panassol Demore (titular) e Maria Marucha Szdlovski Vettorazzi (suplente);a Nova Central Sindical do Estado do Paraná, Daiane do Rocio Campos Luna (titular) e Nadia Beatriz Graf (suplente); a Rede Feminista da Saúde, Elaine Ferreira Galvão (titular) e Carmen Regina Ribeiro (suplente); o Grupo Dignidade: Heliana Neves Hemetério dos Santos (titular) e Rafael Henrique da Silva/nome social Rafaelly Wiest(suplente); a União Brasileira de Mulheres-UBM/Seção do Paraná, Elza Maria Campos (titular) e Doris Margareth de Jesus (suplente); a Central Única dos Trabalhadores-CUT, Eliana Maria dos Santos (titular) e Regina Perpetua Cruz (suplente); a Rede de Mulheres Negras – Paraná, Alaerte Leandro Martins (titular) e Franciele Pereira dos Nascimento (suplente); o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Refinação, Destilação, Exploração e Produção de Petróleo nos Estados do Paraná e Santa Catarina, Anacelie de Assis Azevedo (titular) e Rosane Carvalho Dias (suplente); o Centro Paranaense da Cidadania – Cepac, Syr-Daria Carvalho Mesquita (titular) e Luciana Machado (suplente);a Federação de Mulheres do Paraná, Josiane Ferreira Liz (titular) e Francisca Kaminski (suplente); a Associação das Entidades de Mulheres do Paraná – Assempa, Rosalina Batista (titular) e Maria Lúcia Gomes (suplente); Ylê Axé Ópo Omim, Terezinha Pereira da Silva (titular) e Fabiana Roque Nogueira (suplente);o Espaço Mulher, Darline Zanella (titular) e Ana Maria Inácio Lúcio (suplente).

Fonte: Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos publicada na UBM