Principais jornais da América Latina destacam Dilma na ONU

A manchete de capa do jornal boliviano La Razón, traz o destaque: “Rousseff critica espionagem dos EUA”. A presidenta brasileira divide a atenção da chamada com o mandatário da Bolívia, Evo Morales, que questionou o “cinismo” do discurso de Barack Obama durante uma reunião na 68ª Assembleia Geral da ONU.

A matéria do diário boliviano indica que “a presidenta Dilma Rousseff denunciou com dureza a espionagem dos Estados Unidos” e sublinha o valor do primeiro discurso proferido na reunião ao ressaltar que a presidenta considera o incidente uma “violação” e “uma quebra do direito internacional”.

Neste sentido, o diário cubano Granma, também noticiou a eloquência de Dilma na crítica à intromissão estadunidense nos assuntos internos do Brasil. Assim diz o título da nota: “Presidenta Rousseff qualifica espionagem como falta de respeito”.

A edição impressa do argentino Clarín também contempla uma página sobre a participação de Dilma e destaca que a chefe de Estado está “em sintonia com Cristina (Kirchner)”, presidenta da Argentina. As mandatárias estiveram reunidas horas antes do início da Assembleia Geral e, na ocasião, Dilma “propôs criar um marco multilateral sobre o uso da internet, que deve ser entendido como um ‘espaço neutro’”, que foi defendido em seu pronunciamento.

O periódico avalia ainda que “Dilma parece disposta a ganhar essa batalha, em grande parte porque a mandatária tomou isso como uma contribuição pessoal para a política internacional”.

No El País da Colômbia, a “violação da soberania” é o destaque titular da intervenção da brasileira na ONU. O jornal assinalou a ingerência norte-americana nos assuntos internos do Brasil, em consonância com o que disse a presidenta. “Vivemos em paz com nossos vizinhos há mais de 140 anos”, enfatizou Dilma em seu discurso, que foi exaltado pelo jornal colombiano.