Solução para caso do senador boliviano é adiada pelo Itamaraty

De acordo com um boletim interno do Itamaraty divulgado na terça-feira (24), o Itamaraty prorrogou o prazo para conclusão da sindicância que investiga a conduta do diplomata Eduardo Saboia na operação de fuga que trouxe o senador boliviano Roger Pinto Molina ao Brasil.

Os responsáveis pela análise do caso terão mais 30 dias para decidir se houve conduta irregular de Saboia e aplicar eventual punição pelo episódio.

Leia também:
José Dirceu: Repúdio à fuga do senador boliviano
Fuga do senador boliviano: "é tudo jogo de política interna"
Relações Exteriores vão investigar saída do senador boliviano

"Isso [a prorrogação] era inevitável. Não houve nenhum depoimento ainda", disse o advogado Ophir Cavalcante, defensor de Saboia. Na semana passada a pasta autorizou o acesso a documentos requisitados pela defesa –telegramas trocados entre a embaixada brasileira em La Paz e o ministério, além da correspondência entre o MRE e o Palácio do Planalto, como informou à Folha online.

O advogado afirma ter protocolado na segunda-feira (23) pedido de esclarecimento sobre isso junto ao ministério.

De acordo com a Folha, Saboia retoma suas atividades no Itamaraty na próxima semana. A expectativa é que seja alocado na Subsecretaria de Assuntos Econômicos e Financeiros.

A Bolívia já entregou ao Brasil os documentos relativos ao processo movido contra o senador Roger Pinto no país. Os documentos foram encaminhados ao Comitê Nacional para Refugiados (Conare).

Com informações da Folha Online