Dados do Bolsa Família revelam melhoria na vida das brasileiras  

“A importância do benefício foi muito grande na minha vida, pois, com ele, eu comprava o pão, o gás, uma coisinha ou outra para os meninos. Então, me ajudou bastante”, conta Leila Rodrigues Cardoso, 32 anos, que entrou para a faculdade de Serviço Social. Hoje, trabalha em um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) em Formosa (GO) e não integra mais o rol de beneficiárias do Bolsa Família.  

“Eu sempre busquei mais. Terminei meus estudos, estou trabalhando, tenho minha casa, não dependo mais do Bolsa Família. Eu dependo de mim agora. Lutei muito para chegar aonde cheguei. Eu sou uma vencedora!”, comemora.

Histórias de vida como a de Leila estão registradas no hotsite sobre os dez anos do programa, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que tem conteúdos sobre as mudanças positivas no dia a dia das famílias brasileiras.

Considerado o maior programa de transferência de renda do mundo, das 13,8 milhões de famílias que recebem o benefício, 92,37% dos titulares são as mulheres.

Estudo realizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília (Nepem/UnB), intitulado O Programa Bolsa Família e o Enfrentamento das Desigualdades de Gênero, aponta três impactos na condição social das mulheres titulares do benefício: aumento do poder de compra, com estímulo à economia local, já que o dinheiro utilizado circula no município; afirmação da autoridade e de mais autonomia feminina no espaço doméstico, uma vez que ela deixa de depender exclusivamente do marido; e a percepção da própria mulher de ser uma cidadã brasileira.

Outro levantamento – o “Perfil das Famílias do Cadastro Único” –, feito pelo MDS em 2011, indica que as beneficiárias titulares do programa têm em média 38 anos de idade, 63,5% se autodeclaram pardas, 25,6% brancas, 9,9% indígenas e 0,3% amarelas. O estudo revela também que, dos 13,8 milhões responsáveis familiares que recebem o Bolsa Família, 80,4% já frequentaram a escola.

Além disso, o Pronatec Brasil Sem Miséria – programa do governo federal que tem por objetivo oferecer qualificação profissional para aumentar as oportunidades de emprego para trabalhadores do Cadastro Único – conta com 66% de mulheres nos cursos oferecidos. O programa tem como meta de oferecer um milhão de vagas de qualificação profissional para pessoas de baixa renda até 2014. No início de setembro, o Pronatec Brasil Sem Miséria bateu a marca de 700 mil matrículas.

Da Redação em Brasília
Com informações da SPM