Bloqueio dos EUA afeta crianças cubanas com cardiopatias

O bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba impede a aquisição de produtos fundamentais para a vida de nossos pacientes, manifestou nesta segunda-feira (7) em Havana o diretor do Centro Nacional de Cardiologia e Cardiocirurgia Pediátrica William Soler, doutor Eugenio Selman-Housein.

A ausência de tecnologia avançada, de dispositivos para procedimentos como o cateterismo e de medicamentos antiarrítmicos e antibióticos de última geração estão entre as principais dificuldades enfrentadas pela instituição para o tratamento de crianças com cardiopatias congênitas, apontou.

Explicou que a atenção cardiovascular é uma atividade altamente especializada e cara, na qual não é possível avançar sem a aquisição de dispositivos apropriados, o que é difícil a Cuba devido aos efeitos do bloqueio que se estende por mais de 50 anos.

Selman-Housein destacou que essas condições representam um desafio para conseguir resultados de saúde satisfatórios, pois em muitas ocasiões a ausência de cateteres leva a que os pacientes sejam submetidos a intervenções mais perigosas.

A ausência de determinado medicamento, equipamento ou insumo faz a diferença entre a vida e a morte para essas crianças, enfatizou.

Indicou que a declaração, em abril de 2007, desta instituição médica cubana como Hospital Negado por parte dos Estados Unidos, significou a imposição de condições para a venda de produtos que possuíam licença prévia.

Esta medida provocou o aumento dos custos e a hospitalização mais prolongada das crianças, entre outras afetações, disse.

O Centro Nacional de Cardiologia e Cardiocirurgia Pediátrica realiza o Programa de atenção à criança cardiopata, como parte do qual foram operados mais de 10 mil pacientes desde sua fundação em agosto de 1986.

Fonte: Prensa Latina