Cristina Kirchner opera na terça e vice assume na Argentina

O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, assumiu interinamente a presidência nesta segunda-feira (7) após a licença de Cristina Kirchner para tratamento médico. Ele deve ficar provisoriamente como chefe de Estado do país até a volta da presidente. 

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No último sábado (5), o governo argentino anunciou que Cristina ficará um mês de repouso por conta de um hematoma subdural crônico, que teria surgido após um impacto na cabeça da presidente no dia 12 de agosto.

Ontem, ela sentiu um formigamento no braço esquerdo e ficou constatado, segundo boletim médico, que ela teve uma “leve perda de força muscular” do membro. Ela será operada nesta terça-feira (8).

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"Ela (Cristina) quer que a gestão seja mantida. Força Cristina, força Argentina, estamos todos juntos", disse Boudou em um ato na Casa Rosada. Ele já havia assumido o cargo antes, mas, dessa vez, o vice-presidente assinou um documento oficial de transferência de poder durante o afastamento de Cristina.

Com a investidura no cargo, voltaram à tona denúncias de corrupção contra Boudou. Entre eles, está o que relaciona um suposto uso de influências em benefício da gráfica Ciccone, agora Companhia de Valores Sul-Americana, quando ele era ministro da Economia (2009-2011) do primeiro governo de Cristina.

Deputados opositores o acusam de ter intercedido então perante a Administração Federal da Receita Pública para pedir facilitar sua compra pelo fundo de investimento The Old Fund, dirigido pelo empresário Alejandro Vandenbroele. Em abril, o promotor Jorde Di Lello acusou Boudou no marco de uma denúncia por enriquecimento ilícito, que também envolve o empresário.

Por sua vez, o vice-presidente argentino rebateu as acusações afirmando ser alvo de uma campanha idealizada por opositores e firmas concorrentes da Ciccone que buscam afetar o governo.

Fonte: Opera Mundi