Marina e Campos fazem aliança para combater forças progressistas

"A retórica de Marina Silva revelou a tentativa de aparecer como vítima. Como não passa de uma jogada publicitária a imagem que a ex-senadora tenta fixar de que ela é uma política 'diferente' dos políticos 'tradicionais'", afirmou José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho, ao refletir sobre o anúncio da filiação da ex-senadora Marina Silva ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Sobre a afirmação da ex-senadora de que pretende "eliminar o chavismo do PT", o editor destacou que "a dupla Marina Silva-Eduardo Campos traça uma linha demarcatória em que aparece objetivamente alinhada com as forças reacionárias. Formam, assim, um polo antiprogressista".

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Segundo ele, "o 'antichavismo' corresponde ao que foi na época da guerra fria o anticomunismo, ou seja, a oposição ao que é progressista e revolucionário na luta política. É por meio do 'antichavismo' que se expressa hoje a política do imperialismo estadunidense e das classes dominantes retrógradas em toda a América Latina. É com a bandeira do 'antichavismo' que investem contra a democratização profunda da vida política, o protagonismo das massas populares, o patriotismo anti-imperialista, as políticas de desenvolvimento, as iniciativas de caráter social, a luta pela afirmação da soberania nacional e os esforços pela integração entre nações e povos em luta por sua emancipação". 

José Reinaldo Carvalho ainda pontuou que "o novo quadro político que se forma a partir da filiação de Marina Silva ao PSB deve ser corretamente interpretado pelas forças da esquerda consequente e requer novas propostas políticas com alcance eleitoral e para além das eleições de 2014. Mais do que nunca, é necessário avançar para a criação de uma frente de esquerda que reúna partidos políticos, movimentos sociais e personalidades progressistas e patrióticas, para levar adiante uma plataforma de mudanças estruturais no país".

Ouça na Rádio Vermelho a íntegra da reflexão: