Desenvolvimento inclusivo reduziu trabalho infantil, diz Dilma
Durante pronunciamento na abertura da 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, nesta terça-feira (8), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o modelo de desenvolvimento inclusivo adotado pelo governo federal e a prioridade dada à educação foram responsáveis pela redução do trabalho infantil no Brasil, entre 2000 e 2012, de 67%. O índice é maior do que a média global, que foi de 36%. Há cerca de 170 milhões de menores trabalhando no mundo.
Publicado 08/10/2013 14:33
“O Brasil é um exemplo de que, com vontade politica e ações consistentes, continuadas e permanentes, é possível colocar em ação a força transformadora da cooperação que nos levará a erradicação do trabalho infantil. (…) Fizemos opção pelo desenvolvimento em que o crescimento econômico vem acompanhado pela criação do emprego formal, valorização do salario mínimo, fortalecimento da agricultura familiar e valorização do pequeno empreendedor”, destacou Dilma.
A presidenta ainda afirmou que o modelo brasileiro foca os mais pobres e vulneráveis, com a construção de uma rede de proteção social que permita ao Estado eleger a erradicação da miséria como prioridade, com importantes reflexos sobre o trabalho infantil. Dilma lembrou que, entre 2011 e 2012, com a ampliação da renda do programa Brasil Sem Miséria para famílias com crianças com até 15 anos, o trabalho infantil foi reduzido em 15%.
“Para essas famílias, asseguramos a cada uma das pessoas uma renda mínima, per capita. Porque, sem que suas famílias saiam da pobreza, as crianças não saem da pobreza. Iniciou assim uma retirada da miséria dos 22 milhões de brasileiros que ainda estavam na miséria e que estavam no programa. Esses 22 milhões saíram da miséria porque estendemos o programa para todas as famílias brasileiras”, afirmou.
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, também exaltou os avanços do Brasil no combate ao trabalho de crianças e adolescentes. Segundo ele, esse tipo de atividade não será eliminada até que haja educação de qualidade para toda a população.
Ryder explicou que os países devem aproveitar o encontro para refletir, trocar experiências de sucesso e ter uma visão clara do que será feito no futuro.
"Devemos a todas as crianças um futuro sem violência, sem medo e sem exploração. A erradicação do trabalho infantil exige o compromisso de todas as nações e só será possível com políticas claramente coordenadas e integradas e ações de todos os setores representados na conferência – governos, empregadores, trabalhadores e a sociedade civil", disse Ryder.
O encontro vai até quinta-feira (10) e reúne mais de mil pessoas, entre líderes mundiais, representantes de organizações internacionais e não governamentais, além de especialistas sobre o tema. Eles debaterão a erradicação desse tipo de trabalho e formas de combate à exploração e à violência de crianças e adolescentes. Pelo menos 150 países-membros das Nações Unidas (ONU) participam do encontro.
Informações da Agência Brasil e do Blog do Planalto