Irã diz na ONU que não há terrorismo ‘bom’ e terrorismo ‘mau’

O Irã, vítima da violência e do extremismo, põe no alvo a dupla moral da chamada comunidade internacional quando se trata de combater o terrorismo.

O representante permanente do Irã na Organização das Nações Nações Unidas (ONU), Mohamad Jazai, advertiu na terça-feira (8) que o terrorismo não pode ser dividido em “bom” e “mau”, algo que, de fato, pode ser observado por trás das políticas contraditórias na luta contra esse mal.

“Esta percepção do terrorismo reduz a confiança e a colaboração internacional. Todos os países devem adotar um enfoque comum perante os terroristas”, insistiu o diplomata iraniano em uma reunião do Sexto Comitê da Assembleia Geral da ONU para abordar as medidas para erradicar o terrorismo internacional.

Jazai se referiu ao assassinato dos cientistas nucleares iranianos. Depois de criticar o silêncio da comunidade internacional sobre estas mortes, recordou que o Irã foi nas últimas décadas vítima do terrorismo de Estado.

O embaixador iraniano concluiu seu discurso defendendo a erradicação da violência e do extremismo “urbi et orbi”, além de pedir à ONU que atenda a recente iniciativa do presidente de seu país, Hasan Rohani, em relação à violência.

Há duas semanas e no marco da 68ª Assembleia Geral da ONU, Rohani propôs ao organismo internacional que inclua em sua agenda o plano 'O mundo contra a violência e o extremismo'.

Hispan TV