Marcos Gil: A luta revolucionária não é utopia
Se existe um partido político neste país que merece todo o respeito e confiança, é o PCdoB (Partido Comunista do Brasil). Seja no meio político, por todos os cidadãos brasileiros, pela classe trabalhadora e principalmente pela classe do proletariado.
Por Marcos Gil*
Publicado 09/10/2013 13:01 | Editado 13/12/2019 03:30
Embasando-se suas raízes na ideologia socialista da teoria científica Marxista – Leninista com a condição de liderança do movimento da luta revolucionária feita pela classe proletária, que é a classe mais oprimida e explorada pelo capitalismo.
Nunca devemos nos esquecer dos nossos heróis comunistas e de nossos grandes líderes revolucionários, como João Amazonas, Maurício Grabóis, André Grabóis, Osvaldão, Pedro Pomar, Carlos Mariguela, Lamarca, Luiz Carlos Prestes, Olga Benário e muitos outros que morreram lutando em combate ou não, mas sempre pela luta ideologia socialista, pois eles são a força que nos alimenta para continuarmos em nosso caminho.
O Partido acertou e muito com o apoio e a aliança firmada em Lula e Dilma, que consideravelmente foram os maiores estadistas que este Brasil já teve. Estes mudaram a vida da classe trabalhadora, principalmente a do proletariado, com programas de políticas sociais eficientes, tirando milhões de pessoas da linha da miséria e transformando os cidadãos com uma vida mais digna e sustentável com o aumento da qualidade de vida, seguido pelo grande aumento da geração de empregos e salários. Desenvolvendo o Brasil a um nível internacional de competividade em excelência na ampliação das exportações, tornando hoje, o Brasil um dos países mais respeitados e invejados no cenário internacional.
Mas, não podemos esquecer que a metodologia política implantada por este governo é identificada nos textos de Karl Max e Friedrich Engels no manifesto do partido comunista como o “Socialismo Burguês, vejam:
“ Uma parte da burguesia deseja remediar males sociais para garantir a existência da sociedade burguesa.
Fazem parte desse grupo: economistas, filantropos, humanistas, benfeitores da classe operária, organizadores da caridade, protetores dos animais, fundadores de sociedades de abstinência, reformadores obscuros de toda a espécie.
E o socialismo burguês também foi elaborado até formar sistemas completos.
Os socialistas burgueses querem as condições de vida da sociedade moderna, sem os conflitos e os perigos que dela necessariamente decorrem. Desejam a sociedade atual, subtraindo dela os elementos revolucionários e que contribuem para sua dissolução. Querem a burguesia sem o proletariado. Naturalmente, a burguesia concebe o mundo no qual ela domina como o melhor dos mundos. O socialismo burguês completa essa concepção até construir um meio-sistema ou um sistema inteiro. Quando convida o proletariado a concretizar seus sistemas e ingressar na nova Jerusalém, no fundo ele exige apenas que o proletariado se paralise na atual sociedade, mas abandone suas opiniões hostis sobre a mesma.
Uma segunda forma desse tipo de socialismo, menos sistemática porém mais prática, tenta tirar da classe operária o gosto por todo o movimento revolucionário, afirmando que o que lhe pode ser útil não é tal ou qual mudança política, mas somente uma mudança das condições materiais de vida, das condições econômicas. Por mudanças das condições materiais de vida, esse socialismo não entende, de modo algum, a abolição das relações de produção; que, portanto, não mudam nada na relação entre capital e trabalho assalariado e, quando muito diminuem os custos da dominação para a burguesia e simplificam o trabalho administrativo de seu estado’’.
Vimos claramente que o proletariado continua sendo explorado pela burguesia e não há o rompimento com o capital, tendo visto que apenas essa metodologia de governo ameniza o sofrimento do trabalhador.
O PCdoB tem por obrigação em manter-se sustentado pelos princípios Marxistas e Leninistas e pelas ideias revolucionárias, mesmo tendo a opção de combate no campo político eleitoral.
Nós comunistas, sabemos das dificuldades que hoje enfrentamos no combate com as candidaturas burguesas, em face das falsas promessas explanadas ao público que ilusionam-se a acreditar em melhorias sinceras num mundo colonizado e capitalista como este. Quase toda ela, é composta de mecanismos de mídias, que jamais sonharíamos ter. Os indesejáveis apertos de mão com tapas falsas nas costas do povo para as campanhas eleitorais, mais pelo dinheiro que é patrocinado do que pela ideologia partidária e pelo afeto com os cidadãos, sem falar no ciclo vicioso da compra de votos.
Muitos entram no partido apenas para participarem de eleições sem ter um mínimo conhecimento da literatura marxista – leninista e nem tem os interesses e anseios socialistas ideológicos e podemos crer que nunca terão.
Nós comunistas sentimos o dever e a necessidade de elaborar projetos concretos de socialismo, que direcionem ao proletariado e aos mais pobres, incluindo o apoio mais amplo em todas nossas bases com: Jornais; Rádios; TVs comunitárias e outros meios que levem a mensagem do socialismo para todos os trabalhadores no dia a dia, nas portas das fábricas, nas escolas, nas ruas, nas casas, no comércio, no campo, nas tribos indígenas, nas vilas em barrancas de rios e em todos os lugares possíveis e imagináveis.
Proporcionando ao proletariado um entendimento real e uma nítida mensagem do sistema socialista científico, mostrando a realidade e um perfeito entendimento de como são explorados por este sistema.
Pois nesse jogo eleitoral as promessas da política burguesa são transformadas em desigualdade social, fome, subnutrição, desemprego, transito caótico, transporte público caro e de má qualidade, aumento da criminalidade, falta de moradias populares, surgimento de favelas, concentração de renda, privatização, corrupção, impostos, consumismo e muitos outros transtornos sociais e econômicos que promovem um grande sofrimento.
Vamos sim avançar nas mudanças, mas que estas sejam fortemente alicerçadas em nossa ideologia e com um grande salto para o futuro.
Por tudo isso camaradas, a luta revolucionária não pode se esvair de nossas veias e ser trocada por uma bolsa de sangue chamada social democracia.
*Titulo Original: A luta revolucionária não é utopia e sim uma necessidade. Ela é possível
*Marcos Gil é Presidente do Comitê Municipal do PCdoB de Catanduva/SP.